A ministra da Cultura da França anunciou nesta sexta-feira (31) que “dispositivos anti-invasão” serão instalados ao redor do Louvre até o final do ano, após o roubo de grandes proporções no museu reacender o debate sobre sua segurança. Ela não deu detalhes sobre quais serão esses aparelhos.
O anúncio vem na sequência do crime ocorrido em 19 de outubro, no qual quatro ladrões invadiram o museu após estacionarem um caminhão com plataforma elevatória sob uma janela. Dois dos criminosos usaram uma serra para forçar a abertura de vitrines que continham joias avaliadas em cerca de US$ 102 milhões (R$ 548 milhões) e fugiram em duas motocicletas conduzidas por seus cúmplices.
A ministra Rachida Dati leu um relatório preliminar sobre os sistemas de segurança do museu nesta sexta e afirmou que medidas urgentes são necessárias para lidar com a situação. “Por mais de 20 anos, o risco de invasão e roubo no Louvre tem sido cronicamente subestimado“, declarou à emissora de televisão TF1. “Não podemos continuar assim”, afirmou. O relatório citou equipamentos de segurança inadequados e protocolos de resposta a invasões “completamente desatualizados”, acrescentou.
A diretora do Louvre, Laurence des Cars, afirmou na semana passada que as câmeras de segurança não cobriam adequadamente o ponto de entrada dos ladrões, já que a única instalada estava apontada na direção oposta à da varanda por onde eles entraram.
Dati afirmou que os sistemas de segurança internos do museu funcionaram corretamente no dia do roubo, mas também alertou para “sérias falhas de segurança” na parte externa do prédio.
A polícia francesa prendeu sete suspeitos de participação no crime. Dois deles foram acusados de furto e formação de quadrilha.
Entre as peças levadas pelos ladrões estão uma tiara de pérolas que pertenceu à imperatriz Eugênia e um conjunto de colar e brincos de safira usado pela rainha rainha Maria Amélia.




