Provocações a rivais nas redes do Flamengo irritam elenco e geram climão

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RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – A reportagem apurou que o tom provocativo aos rivais adotado pelas redes sociais do Flamengo nesta temporada tem gerado irritação no elenco. Algumas das postagens atingiram engajamento e aprovação de muitos torcedores, mas tiveram como consequências reclamações, cobranças e até revolta de lideranças do grupo.

BRUNO HENRIQUE JÁ RECLAMOU DE FORMA CONTUNDENTE

Recentemente, o Flamengo fez postagens provocativas ao Estudiantes após a classificação na Libertadores. O tom revoltou muitos dos jogadores, que acharam desnecessário e infantil. Houve também uma alfinetada ao Vasco depois que o rival fez uma publicação utilizando uma frase comumente usada pelo Rubro-Negro.

Um dos que se mostraram mais incomodados com as postagens provocativas foi Bruno Henrique. Recentemente, ele pediu de forma bastante contundente que o clube parasse de provocar os adversários. O episódio aconteceu no vestiário.

A insatisfação também se alastra para integrantes da comissão técnica e funcionários que estão no dia a dia do centro de treinamento rubro-negro, que entendem que as consequências dos atos recaem diretamente sobre eles, além de servir de munição para inflamar os rivais.

Porém, aparentemente, a cobrança de Bruno Henrique não surtiu efeito, uma vez que o próprio atacante foi utilizado nesta terça-feira (14) em uma arte sobre o serviço do clássico contra o Botafogo. Além dele, a imagem tinha também o ex-atacante Souza “Caveirão”.

Muitos torcedores interpretaram a postagem como uma provocação, já que os dois carregam o histórico de terem comemorado gols sobre o rival com o gesto do “chororô”, gozação que a torcida do Flamengo adotou a partir dos anos 2000 para debochar dos alvinegros após as reclamações do Glorioso em relação à arbitragem da final da Taça Guanabara de 2008.

Posteriormente, uma edição foi postada com um compilado de gols rubro-negros sobre o Botafogo ao longo da história. A trilha sonora escolhida foi o funk “Dois pra lá, dois pra cá”, de MC Marlon PH.

MUDANÇA NA LINHA EDITORIAL OCORRE APÓS CHEGADA DE BAP

A mudança de linha editorial ocorre com a chegada de Luiz Eduardo Baptista. Após assumir a presidência em janeiro, Bap promoveu uma reformulação no departamento de Comunicação.

A gestão das redes sociais, por exemplo, tem como gerente Paulo César Pereira e o aval da diretora de Comunicação e Conteúdo, Flávia da Justa. Dois funcionários ficam responsáveis por executar as postagens exclusivamente do futebol e também sugerem ideias.

Já a Comunicação do Futebol fica limitada a atender demandas de entrevistas e gravações de conteúdos. Por isso, muitas das vezes as postagens sequer passam pela avaliação do Ninho do Urubu, onde os atletas estão diariamente.

“COCA-COLA NUNCA TIROU SARRO DA PEPSI”

A gestão Rodolfo Landim adotava uma postura totalmente contrária nas redes sociais, algo que também contribuiu para o efeito surpresa dos jogadores.

O ex-presidente era defensor da tese de que, pela grandeza do clube, não pegava bem esse tipo de provocação seja quem fosse o adversário, pois entendia que o Rubro-Negro era maior do que todos e deveria se portar como tal.

Nos corredores, o dirigente costumava utilizar muito como exemplo a disputa entre as gigantes do universo dos refrigerantes Coca-Cola e Pepsi: “Na história, a Coca-Cola nunca tirou sarro da Pepsi, assim como nunca respondeu as provocações da concorrente, por ser a maior marca e líder no mercado”, dizia internamente.

Em 2023, por exemplo, Landim ficou furioso quando a rede social do clube postou uma provocação subliminar de um treino do Flamengo onde, ao fundo, uma placa de publicidade da patrocinadora “ABC da Construção” aparecia. No dia anterior, o Vasco havia sido eliminado pelo ABC – time de Natal (RN) – na Copa do Brasil.

O ex-presidente, revoltado, desaprovou com veemência a postagem e fez duras cobranças, que por pouco não tiveram consequências mais graves.

A postura mais comedida nas redes sociais era apoiada pelos jogadores, que se sentiam mais blindados desta forma e entendiam que não era necessário dar armas para os adversários.

O UOL procurou a assessoria institucional do Flamengo, mas até o momento o clube não quis se manifestar. Caso haja uma resposta, a reportagem será atualizada.

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