O Ministério Público espanhol pediu uma pena de nove anos de prisão para o jogador de futebol brasileiro Daniel Alves, acusado de estupro por uma jovem em uma boate em Barcelona, pela qual está em prisão provisória desde janeiro.
O Ministério Público pede para o jogador “a pena de nove anos de prisão”, bem como uma indenização à vítima de 150 mil euros (R$ 798 mil), por um crime de “agressão sexual com penetração”, de acordo com o documento de conclusões provisórias da promotoria, ao qual a AFP teve acesso nesta quinta-feira (23).
O ex-lateral da seleção brasileira foi preso no dia 20 de janeiro em Barcelona após ser acusado por uma mulher de 23 anos de estupro. Segundo a acusação, o crime teria ocorrido no banheiro da boate Sutton, na cidade espanhola, na noite de 30 para 31 de dezembro.
A situação do brasileiro se complicou após ele entrar em contradição e dar uma série de versões diferentes à Justiça sobre o ocorrido.
Em um primeiro momento, ele chegou a negar que conhecesse a suposta vítima. Confrontado com imagens das câmeras de segurança da boate, passou a dizer que tinha visto a mulher no local, mas que não tinha falado com ela.
Após tomar conhecimento do depoimento da acusação que apontava para uma tatuagem do jogador entre seu abdômen e virilha, Daniel Alves mudou novamente de narrativa, afirmando que ela o havia seguido ao banheiro e se jogado em cima dele. Ao final, reconheceu a relação sexual, mas disse que foi consensual. Ele continua negando o crime. Alega que as versões depois desmentidas por ele próprio foram para tentar salvar o casamento com a modelo Joana Sanz.
A juíza Maria Concepción Canton Martín decretou a prisão preventiva de Alves sem direito a fiança, apontando risco de fuga. O advogado responsável pela defesa de Daniel Alves disse que o caso do também brasileiro Robinho dificulta o pedido de liberdade de seu cliente. Robinho vive livre no Brasil apesar de ter sido condenado na Itália por estupro de uma jovem em uma boate de Milão em 2013.