Chefe da ONU pede “uma chance à paz” em meio à escalada entre Israel e Irã

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No oitavo dia da troca de ataques militares entre Israel e Irã, o secretário-geral pediu que se “dê uma chance à paz” em sessão de emergência do Conselho de Segurança a pedido do Irã. A solicitação teve apoio de Argélia, China, Paquistão e Rússia.

António Guterres disse que os confrontos entre Israel e Irã estão se intensificando rapidamente, com um número terrível de vítimas. Ele expressou alarme com os casos de civis mortos e feridos, casas, bairros e infraestruturas arrasados, além de ataques a instalações nucleares.

Potencial expansão deste conflito

Para o secretário-geral, o mundo está a passos largos de uma crise, a caminho do caos. Para Guterres, a expansão deste conflito pode acender uma chama incontrolável e é preciso evitar que isso aconteça.

António Guterres fez um apelo pelo fim dos combates e em favor do retorno de negociações sérias

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O dia foi marcado por dezenas de ataques entre forças israelenses e iranianas. Agências de notícias informaram que hospitais dos dois lados sofreram com os ataques e sirenes, explosões, artefatos no céu e fumaça foram observados.

António Guterres destacou a ameaça da questão nuclear reiterando que a não-proliferação é essencial para a segurança de todos. Ele acrescentou que o Tratado de Não-Proliferação Nuclear é um pilar da segurança internacional. Ele pediu que o Irã respeite o tratado, após ter declarado de forma repetida que não busca armas nucleares.

Lacuna de confiança

O chefe da ONU disse que é preciso reconhecer que existe uma brecha de confiança. A única maneira de preenchê-la é por meio da diplomacia, estabelecendo uma solução confiável, abrangente e verificável. Essa abordagem inclui o acesso total aos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica, Aiea.

Guterres fez um apelo pelo fim dos combates e em favor do retorno de negociações sérias. Ao reiterar que o momento é decisivo, instou ao Conselho a agir com unidade e urgência em prol do diálogo.

Rosemary DiCarlo citou dados do Ministério da Saúde do Irã revelando que 90% das vítimas iranianas eram civis

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Em Genebra, ainda nesta sexta-feira, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, esteve no Conselho de Direitos Humanos. Separadamente teve encontro com ministros das Relações Exteriores da França, Alemanha, Reino Unido e Irã.

No Conselho, a subsecretária-geral para os Assuntos Políticos, Rosemary DiCarlo, disse que 100 locais e instalações nucleares foram alvos de ataques em território iraniano.

Morte e deslocamento

Ela declarou que 224 pessoas foram mortas e mais de 2,5 mil ficaram feridas em ataques israelenses em todo o Irã. O Ministério da Saúde acrescentou que 90% das vítimas eram civis.

Já sobre Israel, DiCarlo citou o Gabinete do primeiro-ministro dizendo que ataques iranianos mataram 24 pessoas e feriram outras 915, a grande maioria civis. Os ataques também danificaram casas, levando ao deslocamento de israelenses.

Já o diretor-geral da Aiea, Rafael Mariano Grossi, pediu máxima contenção. Ele destacou que a escalada militar ameaça vidas e atrasa o trabalho indispensável rumo “a uma solução diplomática para a garantia de longo prazo de que o Irã não obtenha uma arma nuclear”.

Grossi reiterou que ataques a instalações nucleares no Irã causaram uma forte degradação da segurança nuclear no país. Embora até o momento não tenham causado vazamentos radioativos que afetem a população, ele alertou para o risco de que isso possa ocorrer.

Riscos à segurança nuclear

Ele disse que a presença, o apoio, a análise e as inspeções de especialistas técnicos são cruciais para mitigar os riscos à segurança nuclear sendo imperioso em tempos de paz e ainda mais durante conflitos militares.

A ONU alerta que qualquer alastramento do conflito poderá ter enormes consequências para a região e para a paz e a segurança internacionais.

No âmbito econômico, o impacto global de um potencial interrupção do comércio através do Estreito de Ormuz descrito pelo Banco Mundial como a “passagem de petróleo mais importante do mundo”.

O comércio através desta rota já caiu 15% em meio ao aumento das tensões regionais a partir do final de 2023.



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