‘Nenhuma suspeita autoriza a execução’, diz Gilmar Mendes sobre mortes por PMs em São Paulo

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Gilmar Mendes, ministro decano do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou que a segurança pública no país necessita de urgente reflexão ao comentar as mortes de dois homens pela Polícia Militar em São Paulo.

Para ele, os casos envolvendo Guilherme Dias, 26, e Igor Santos, 24, evidenciam a necessidade de reflexão do poder público.

“A morte de um jovem inocente de 26 anos, voltando do trabalho, em Parelheiros, e o assassinato de outro jovem de 24 anos, em Paraisópolis, em circunstâncias que indicam para uma possível execução, evidenciam, mais uma vez, a necessidade urgente de reflexão sobre o tema da segurança pública em nosso país”, escreveu Mendes em sua conta no X, ex-Twitter, neste sábado (12).

Mendes opinou que a Justiça só pode ser feita com base em provas e processos regulares, não havendo espaço para atalhos punitivos. “Nenhuma suspeita, por mais grave que seja, autoriza execuções sumárias.”

O ministro ainda comentou a importância das câmeras corporais nesses casos. Segundo ele, ocorrências do tipo reforçam a importância desses dispositivos como instrumento de controle, transparência e proteção, tanto para os agentes públicos quanto para os cidadãos.

Na publicação, o magistrado também destacou ser importante o investimento na formação adequada de policiais e haver respeito aos direitos humanos. “O Estado não pode adotar os mesmos métodos daqueles que pretende enfrentar. Segurança pública se faz com inteligência e respeito à legalidade.”

Relembre os casos

O marceneiro Guilherme Dias Santos Ferreira morreu em 4 de julho, após sair do trabalho, em Parelheiros.

Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), o policial Fábio Anderson Pereira de Almeida, que estava de folga, teria confundido o homem com um assaltante e efetuado um tiro na cabeça da vítima.

Igor Oliveira de Moraes Santos foi morto na última quinta-feira (10). Ele era suspeito de tráfico de drogas e foi abordado em Paraisópolis. Durante a ação, foi baleado. Segundo imagens das câmeras corporais dos agentes, ele estava rendido quando foi atingido, com as mãos para cima.

Batalhão de PMs presos por morte em Paraisópolis é o mais letal de SP

O 16º BPM/M atua em bairros como Morumbi, Campo Limpo, Vila Sônia e Jardim Arpoador –uma região que concentra tanto favelas quanto mansões e apartamentos de alto padrão

Folhapress | 15:00 – 13/07/2025



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