Um juiz nos Estados Unidos negou nesta segunda-feira (11) o pedido do Departamento de Justiça para tornar públicos os registros do grande júri que indiciou de acusações de tráfico sexual Ghislaine Maxwell, ex-namorada do financista Jeffrey Epstein, morto em 2019.
O juiz federal Paul Engelmayer, baseado em Manhattan, que revisou as transcrições dos depoimentos das testemunhas ouvidas pelo grande júri e outras evidências, escreveu que a afirmação do governo de que os materiais revelariam novas informações significativas sobre os crimes de Epstein e Maxwell era “comprovadamente falsa”.
“Uma pessoa familiarizada com os registros do julgamento de Maxwell que revisasse os materiais do grande júri que o governo propõe tornar públicos não encontraria praticamente nada de novo”, escreveu Engelmayer.
Maxwell cumpre pena de 20 anos de prisão após sua condenação em 2021 por acusações de tráfico sexual.
A defesa de Maxwell pediu a anulação de sua condenação. Os advogados argumentam que a condenação é inválida porque um acordo firmado em 2007 entre Epstein e promotores federais na Flórida também protegeria seus associados, o que deveria ter impedido a abertura do processo contra ela em Nova York.
Trump e seu governo enfrentam pressão crescente de aliados para divulgar mais informações sobre a investigação de Epstein, que se suicidou em uma cela numa prisão de Manhattan em 2019, segundo a autópsia oficial, enquanto aguardava julgamento por tráfico sexual. Ele havia se declarado inocente.
Neste mês, o governo Trump recuou da promessa de divulgar novos documentos sobre o caso, provocando indignação entre seus apoiadores mais fiéis. O escândalo tem sido combustível para teorias da conspiração há anos, dada a lista de amigos poderosos de Epstein e as circunstâncias de sua morte.