Coreia do Sul comemora 80 anos de libertação do Japão – 15/08/2025 – Mundo

Coreia do Sul comemora 80 anos de libertação do Japão


O presidente da Coreia do Sul, Lee Jae-myung, prometeu respeitar o sistema político do vizinho do norte nesta sexta-feira (15), dia em que a península comemora 80 anos da libertação do domínio colonial japonês —o único feriado celebrado simultaneamente pelas duas Coreias.

“Todos sabem que a hostilidade prolongada não beneficia as pessoas de nenhuma das Coreias”, disse o líder durante discurso em Seul. O político progressista foi eleito em junho deste ano, dois meses após a conclusão do processo de impeachment de seu antecessor, Yoon Suk Yeol, que tentou aplicar um autogolpe sob a justificativa de que a oposição apoiaria Pyongyang.

Desde então, Lee promete buscar o diálogo com a Coreia do Norte sem pré-condições, uma mudança radical em relação à postura belicosa de seu antecessor em relação à ditadura.

“Afirmamos nosso respeito pelo sistema atual do Norte, afirmamos que não buscaremos nenhuma forma de unificação por absorção e afirmamos que não temos intenção de nos envolver em atos hostis”, disse Lee durante cerimônia realizada em um complexo artístico no centro da capital.

Também nesta sexta, o presidente prometeu restaurar, de forma gradual, o chamado Acordo Militar Abrangente de 19 de setembro, que interrompeu algumas atividades militares na fronteira. Assinado em uma histórica cúpula intercoreana em 2018, o pacto foi rompido com o aumento das tensões nos últimos anos.

Em junho de 2024, após a Coreia do Norte enviar centenas de balões cheios de lixo em resposta aos infláveis de ativistas sul-coreanos, Yoon anunciou a suspensão completa do pacto militar, que Pyongyang havia abandonado em novembro de 2023.

O acordo estabelecia medidas que incluíam o fim dos exercícios militares perto da fronteira por ambos os lados e a proibição de exercícios com fogo real em certas áreas, bem como a imposição de zonas de exclusão aérea.

“Em particular, para evitar confrontos acidentais entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte e para construir confiança militar, tomaremos medidas proativas e graduais para restaurar o Acordo Militar de 19 de setembro”, disse Lee, sem especificar um prazo.

Trata-se do mais recente esforço de seu governo para melhorar os laços entre as duas Coreias, tecnicamente em guerra após um armistício em 1953 consolidar a divisão da península e suspender os combates que se estendiam desde 1950.

Lee citou os esforços de seu governo para reduzir as tensões, incluindo a interrupção do lançamento de balões com panfletos anti-Coreia do Norte e o desmantelamento de transmissões de propaganda em alto-falantes através da fronteira. Agora, diz, vai tomar “medidas consistentes para reduzir substancialmente as tensões e restaurar a confiança” de Pyongyang.

“Espero que a Coreia do Norte retribua nossos esforços para restaurar a confiança e reavivar o diálogo”, disse. Ele também negou relatos de que Pyongyang estaria retirando os alto-falantes que instalou ao longo da fronteira para transmitir propaganda dirigida ao Sul.

O discurso ocorreu um dia após Pyongyang afirmar não ter interesse em melhorar as relações com Seul.

Na quinta (14), Kim Yo-jong, a influente irmã do líder norte-coreano, Kim Jong-un, afirmou que o Norte “não tem vontade de melhorar as relações” com seu vizinho.

No início deste mês, a Coreia do Sul e os EUA já haviam adiado partes de seus exercícios militares conjuntos anuais, que têm sido uma fonte de tensão com a Coreia do Norte.

Mas, segundo Yeom Don-jay, ex-funcionário do Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul, para conseguir que o líder norte-coreano dialogue, Lee precisa de uma oferta mais ousada, como persuadir o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a reconsiderar as sanções contra a ditadura.

O líder sul-coreano também abordou os laços de seu país com o Japão, afirmando que o relacionamento entre as nações deve ser “voltado para o futuro”, com base em uma diplomacia pragmática e com foco no interesse nacional de Seul.

A declaração destoa das críticas que ele fez no passado em relação aos esforços dos governos de Seul para melhorar os laços com Tóquio. Após disputas históricas decorrentes do domínio colonial japonês sobre a Península Coreana, de 1910 a 1945, as relações entre os dois aliados dos EUA são tensas.

Lee visitará o Japão no dia 23 de agosto para uma cúpula com o primeiro-ministro Shigeru Ishiba num momento em que ambos os países lidam com as implicações das tarifas americanas impostas por Trump.



Fonte CNN BRASIL

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