O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá uma reunião bilateral com o presidente Volodimir Zelenski nesta quarta-feira (24), às margens da Assembleia-Geral da ONU.
Será o segundo encontro entre os dois líderes desde que Lula voltou ao poder, em 2023. O pedido de encontro partiu de Zelenski.
A reunião ocorre após algumas tentativas frustradas. A última solicitação foi feita em maio deste ano, quando ambos os líderes iriam se encontrar na cúpula do G7 no Canadá. Lula aceitou o convite, mas, por questões de agenda, eles não se encontraram.
A última vez que eles se reuniram foi em setembro de 2023, também às margens da Assembleia-Geral.
Meses antes, os dois se desencontraram também numa cúpula do G7 em Hiroshima (Japão), em maio, de 2023. Naquela ocasião, os dois presidentes responsabilizaram um ao outro pelo cancelamento de uma conversa que teria sido agendada e não ocorreu. Lula disse que Zelenski “não apareceu”; o ucraniano, depois, afirmou que o brasileiro “não achou tempo” para se reunir com ele.
Desde que assumiu o governo, em 2023, Lula tenta se colocar como um possível mediador para o conflito entre Ucrânia e Rússia, iniciado um antes da sua posse, mas tem recebido críticas pelo que países consideram ser uma posição mais próxima de Vladimir Putin.
Logo no início do mandato, o governo tentou costurar com a China uma posição conjunta para uma futura negociação de paz na Ucrânia, o que foi rechaçado por Zelenski.
Neste ano, Lula voltou a se engajar no tema. Após participar das celebrações dos 80 anos da vitória russa na Segunda Guerra Mundial, ele pediu a Putin, durante uma ligação, que fosse a Istambul negociar um cessar-fogo. Delegações dos dois lados da disputa se reuniram na Turquia para conversas, mas nem Putin nem Zelenski compareceram.