O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou esta terça-feira perante a Assembleia Geral das Nações Unidas, seis anos depois da sua última intervenção na Casa.
Num discurso marcado por elogios ao desempenho da economia norte-americana e críticas à gestão do multilateralismo, Trump insistiu na defesa da soberania dos países e pediu maior ação coletiva para enfrentar ameaças como conflitos armados, migrações descontroladas e armas de destruição em massa.
Trump abordou as tensões com o Brasil, criticando o governo brasileiro por “esforços sem precedentes” para, segundo ele, “interferir nos direitos e liberdades de cidadãos americanos e outros, por meio de censura, repressão, instrumentalização judicial, corrupção e ataques a críticos políticos nos Estados Unidos.”
O presidente americano mencionou um breve encontro (de 39 segundos) com o líder brasileiro, na sala de espera dos chefes de Estado e Governo, descrevendo o momento como “cordial, com uma química positiva” e revelou que ambos combinaram uma reunião para próxima semana.
No entanto, ele expressou descontentamento com as ações do Brasil, afirmando que o país impôs tarifas injustas aos Estados Unidos no passado.
Trump destacou que os Estados Unidos estão retaliando com tarifas severas, enfatizando que, como presidente, sempre defenderá a soberania nacional e os direitos dos cidadãos americanos. Ele alertou que o Brasil enfrenta dificuldades e continuará a enfrentá-las, sugerindo que o sucesso do país depende da cooperação com os Estados Unidos, e que, sem isso, o Brasil, assim como outros, está destinado ao fracasso.
Trump descreveu a situação económica dos Estados Unidos como “a mais forte do mundo”, afirmando que o país vive “uma nova era de ouro”. Sublinhou a descida da inflação e dos preços da energia, assim como o aumento dos salários, que, segundo disse, “crescem ao ritmo mais rápido em mais de 60 anos”.
O presidente afirmou ainda que os Estados Unidos voltaram a ser o destino preferencial para investimento estrangeiro, salientando que “em apenas oito meses os Estados Unidos já atraíram mais de US$ 17 bilhões, um valor sem precedentes.”
Outro ponto central do discurso foi a questão migratória. Trump disse ter “parado completamente” a entrada irregular no país, insistindo que cada nação tem o direito de proteger as suas fronteiras. Sublinhou que quem entrar ilegalmente no país, vai para a prisão ou regressa ao seu país de origem.
Trump apelou ainda para que outros países adotem políticas semelhantes, alertando que fluxos migratórios em larga escala “estão a destruir comunidades e a ameaçar a estabilidade social”.
Para o Presidente norte-americano, “a ONU precisa de ação, não apenas de palavras fortes em cartas que nunca são seguidas de medidas”
No plano internacional, Trump referiu o seu envolvimento em negociações que, segundo afirmou, contribuíram para reduzir hostilidades em várias regiões. O presidente declarou que a sua administração pôs termo a sete guerras em apenas sete meses, acrescentando que tal aconteceu “sem apoio da ONU”.
De forma mais crítica, afirmou que a organização “tem um enorme potencial, mas não está a cumpri-lo”. Para o Presidente norte-americano, “a ONU precisa de ação, não apenas de palavras fortes em cartas que nunca são seguidas de medidas”.
Apesar das críticas, Trump encerrou o discurso com um chamado à colaboração global.
Ele disse que é preciso trabalhar juntos para construir um planeta mais seguro, próspero e pacífico, insistindo que a defesa da soberania deve estar em linha com a responsabilidade coletiva perante os desafios globais.
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