Ex-ministro da China é condenado à morte por corrupção – 29/09/2025 – Mundo

Ex-ministro da China é condenado à morte por corrupção -


O ex-ministro da Agricultura e Assuntos Rurais da China, Tang Renjian, foi condenado à morte por corrupção passiva em mais um passo da campanha do líder Xi Jinping contra o crime no país.

Renjian, que também atuou como secretário do Comitê do Partido Comunista da China, teve a pena suspensa por dois anos por ter confessado os crimes, cooperado na recuperação dos valores e demonstrado arrependimento, segundo a mídia estatal Xinhua.

O político foi também sentenciado à privação vitalícia de todos os seus direitos políticos, e seus bens pessoais foram confiscados.

O ex-ministro teria usado os cargos que exerceu entre 2007 e 2024 para obter benefícios pessoais em contratos de projetos, investimentos e aprovações de empresas. Em troca, teria aceitado a quantia de mais de 268 milhões de yuans.

A corte responsável pelo caso, o Tribunal Popular Intermediário de Changchun, na província de Jilin, decidiu que as ações de condenado configuram crime de suborno.

Renjian também teria dito, após a leitura da sentença, que aceita o veredito e não pretende recorrer, segundo a agência. Os valores recuperados foram convertidos ao tesouro nacional.

O político começou sua carreira na década de 1980 no Ministério da Agricultura e atuou em diversos cargos até chegar à liderança da pasta. Em dezembro de 2020, foi apontado como ministro, e em maio de 2024 foram anunciadas as investigações contra ele.

O processo contra o ex-ministro faz parte de uma campanha anticorrupção lançada por Xi em 2012, logo após sua eleição como secretário-geral do partido, e tem como objetivo a identificação e punição de lideranças da sigla, do regime e de empresas estatais que tenham cometido os crimes. Desde o início, uma série de oficiais foi investigada e condenada por violações da lei chinesa.

As investigações são conduzidas pela Comissão Central de Inspeção Disciplinar (CCDI, na sigla em inglês), mais alto órgão do regime para este tipo de apuração.

A campanha é vista como um contraponto à ideia de que membros do alto oficialato do partido têm imunidade e que um passado de contribuições pode ser levado em consideração em casos de corrupção no país.

A campanha mira “tigres e moscas”, como Pequim chama as lideranças e os oficiais da base. A cruzada ganhou forma quando foi lançado, ainda em 2012, um documento com oito regras de austeridade para manter a disciplina dentro do partido.

Entre os pontos destacados, as regras previam viagens com comitivas mais enxutas, simplificação de reuniões e atividades, aprimoramento da cobertura noticiosa com redução de quantidade e tamanho das reportagens e cumprimento de normas relativas à moradia, entre outros.

Em julho deste ano, durante uma reunião do Politburo, órgão de 24 membros do Comitê Central do partido, Xi reforçou a importância das oito regras e afirmou que a supervisão rigorosa e a aplicação de ações disciplinares são ferramentas para a evolução do partido.

Em janeiro, o lídr da China já havia dito que a corrupção é a maior ameaça para o partido comunista.

O caso de Renjian se soma a outras condenações proferidas no país por corrupção de oficiais do alto escalão, dentre elas a do ex-chefe de segurança doméstica Zhou Yongkang, que foi condenado à prisão perpétua em 2015, aos 73 anos, por suborno, abuso de poder e divulgação de segredos de Estado. Assim como o ex-ministro da Agricultura, a mídia estatal afirma que ele confessou os crimes e decidiu não recorrer.

Analistas sugerem que o caso foi utilizado como exemplo pelo regime, uma vez que, além de liderar a área de segurança interna, Zhou era também membro do Comitê Central. Ele teria se beneficiado com cerca de 130 milhões de yuans, segundo a Xinhua.



Fonte CNN BRASIL

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