O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, Acnur, saudou, nesta quarta-feira, a adoção de uma nova política nacional sobre migração, asilo e apatridia no Brasil.
Segundo a agência, a iniciativa representa um marco histórico na defesa dos direitos de populações deslocadas e vulneráveis, estabelecendo diretrizes claras para acolhimento, integração e combate à discriminação.
Em nota, o Acnur destacou que o novo quadro legal reforça o compromisso do país em construir uma política migratória inclusiva, humana e sustentável.
Liderada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, a política define um plano abrangente que reúne os três níveis de governo, sociedade civil, setor privado, organismos internacionais e as próprias populações afetadas.
A política está ancorada na Constituição Federal e nas leis nacionais de refúgio e migração, além de compromissos internacionais assumidos pelo Brasil.
O objetivo é garantir acesso igualitário à saúde, educação, habitação, emprego e assistência social, promovendo também o trabalho digno e a igualdade de oportunidades.
A política prevê campanhas de sensibilização contra a xenofobia, incentiva a educação intercultural e assegura a participação ativa de refugiados, migrantes e apátridas na criação e monitoramento de políticas públicas.
A iniciativa busca fortalecer o diálogo entre comunidades e promover o reconhecimento das contribuições sociais, econômicas e culturais dos recém-chegados às comunidades anfitriãs.
Agência Brasil/Paulo Pinto
Brasileiros que estavam no Líbano desembarcaram do avião KC-30 da FAB na Base Aérea de São Paulo na Operação “Raízes do Cedro”, em Guarulhos
O novo marco resulta da 2ª Conferência Nacional sobre Migração, Refúgio e Apatridia, Comigrar, realizada em 2024, que contou com mais de 14 mil participantes e 199 reuniões preparatórias.
As discussões deram origem a 60 recomendações prioritárias, elaboradas com base nas vozes e experiências das próprias pessoas refugiadas, migrantes e apátridas no Brasil.
Para o representante do Acnur no Brasil, Davide Torzilli, a adoção da nova política “reflete o compromisso do Governo em fortalecer os mecanismos de acolhimento e integração, permitindo que refugiados, migrantes e apátridas exerçam plenamente os direitos já previstos em lei”.
O Acnur reafirmou o seu apoio contínuo à implementação da política, destacando que o Brasil se consolida como líder regional na proteção de pessoas deslocadas e “exemplo de solidariedade” em tempos de desafios humanitários globais.
Quando você clica no botão "Aceito", você está concordando com os| Políticas de Privacidade | Seus dados serão tratados de acordo com as diretrizes estabelecidas no documento, garantindo sua privacidade e segurança online.
Fale conosco