Roubo do Louvre: não tocou alarme na hora, diz brasileiro – 24/10/2025 – Mundo

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O brasileiro Luca Panaro Magalhães, 20, que visitava o Museu do Louvre na hora em que ocorreu o roubo das joias da coroa francesa, no último domingo (19), relatou à Folha que não ouviu nenhum alarme disparar. Ele estava na Ala Denon, a mesma onde fica a Galeria de Apolo, local do crime.

O fato de o alarme não ter soado é um dos pontos principais de crítica à segurança do museu. A diretora do Louvre, Laurence des Cars, reconheceu nesta semana que houve falhas, mas afirmou que o alarme foi recebido na sala de controle, mesmo sem ter soado na galeria.

Estudante de Relações Internacionais na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Magalhães estava visitando pela primeira vez Paris com uma amiga. Entrou no Louvre às 9h locais (4h de Brasília), horário da abertura, na primeira leva de visitantes.

Como fazem muitos turistas, ele e a amiga se dirigiram de imediato à Ala Denon, onde fica a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, obra mais visitada do Louvre.

Estavam no andar superior, na sala 700 —a Galeria de Apolo é a 705, a 150 metros de distância—, contemplando outra pintura icônica, “A Liberdade Guiando o Povo nas Barricadas”, de Eugène Delacroix, quando ouviram um barulho de pessoas correndo. Policiais e soldados adentraram as salas.

Ele conta que, em meio à tensão do momento, não lhe ocorreu fazer vídeos da cena. “A gente escutou um barulho, e os seguranças começaram a falar, já fiquei meio tenso. Mandaram a gente esvaziar. Ficamos no saguão [a entrada principal do museu]. Perguntei para um dos seguranças o que tinha acontecido. Ele me falou que alguma pintura tinha sido roubada, mas logo a gente poderia retornar ao museu.”

De fato, após cerca de dez minutos os visitantes puderam entrar de novo, mas sem acesso ao andar superior. “A gente ficou uns 20, 30 minutos pelas esculturas, até que os seguranças falaram que iam esvaziar e iam fechar o museu.”

Para Magalhães, os funcionários do museu pareceram “meio perdidos”. “Os militares iam para uma seção, os seguranças iam para outra, os policiais iam para outra. Não foi algo muito uniforme.”

Ele relata não ter ouvido alarme em nenhum momento. Só na hora do esvaziamento definitivo ouviu o sistema de alto-falantes pedindo ao público que deixasse o Louvre. “Mas foi só no final. Dez minutos depois, todo mundo já tinha ido embora e fechou tudo.”

O roubo, segundo a polícia, levou oito minutos —entre 9h30, quando estacionou a caminhonete com a plataforma de elevação usada pelos assaltantes para entrar na galeria, e 9h38, quando eles saíram pela mesma plataforma e fugiram de scooter.

Às 9h44, Magalhães avisou parentes no Brasil do ocorrido. As mensagens pelo WhatsApp indicam que os visitantes, inicialmente, não foram informados com precisão sobre o que estava acontecendo.

“Gente, bom dia. Eu tô no Louvre”, dizia a sequência de mensagens do brasileiro. “Estávamos indo ver o quadro da Revolução Francesa. Todos os seguranças começaram a gritar para evacuar. Gente, um desespero. Estamos aqui no saguão do museu. Enfim, só avisando vocês qualquer coisa.”

Em um grupo de amigos, ele chega a informar: “A urgência era que alguém tava tentando roubar um quadro.” Um integrante do grupo alerta: “Fiquem atentos. Observem quem está do lado de vocês.”

Outra brasileira que estava no Louvre naquele domingo (19), Aline Lemos, gravou um vídeo no qual é possível ouvir barulhos de batidas ecoando na Galeria de Apolo, onde ocorreu o crime. Após parar de filmar, ela olhou ao redor em busca da origem do ruído.

“A princípio pensei que era algum barulho de reforma, obra. Mas vi que a funcionária estava estranhando também”, contou a bióloga. “A resposta dela foi rápida para sinalizar para todos saírem correndo.”



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