O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste sábado (25) que não planeja se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, até que haja um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia estabelecido.
“Você precisa saber que vamos fazer um acordo. Não vou ficar desperdiçando meu tempo”, disse a repórteres em Doha, no Qatar. Trump deixou Washington na sexta-feira (24) para uma viagem de cinco dias que abrange Malásia, Japão e Coreia do Sul —sua primeira visita à região desde que assumiu o cargo, em janeiro.
A declaração aconteceu depois que pelo menos três pessoas morreram e oito ficaram feridas em bombardeios russos com mísseis e drones na madrugada deste sábado (25) na Ucrânia.
A Rússia também atacou a capital, Kiev, onde uma pessoa morreu e dez ficaram feridas, segundo o chefe da administração militar da cidade, Timur Tkatchenko.
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou, por meio de comunicado no Telegram, que os ataques noturnos foram direcionados a empresas do complexo militar-industrial da Ucrânia e instalações de infraestrutura energética que apoiam suas operações. O país declarou ter abatido 121 drones ucranianos durante a noite, incluindo sete que voavam em direção a Moscou.
Na última quinta-feira (23), a Rússia criticou a imposição de sanções a seu setor petrolífero pelo governo Trump. Putin afirmou que o país não cederá à pressão dos Estados Unidos ou de qualquer outra nação.
Ele chamou as sanções de ato “pouco amigável” e acrescentou que haverá “certas consequências”. O russo disse ainda que as punições são uma tentativa de pressionar seu governo, mas que “nenhum país que se respeite e nenhum povo que se respeite jamais tomam qualquer decisão sob pressão”.
É mais uma mudança na condução americana em relação à guerra. O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, comemorou a nova posição de Trump. Em redes sociais, disse que agora o alvo deverá ser conseguir usar os estimados US$ 300 bilhões em reservas russas congeladas no exterior, 90% dos quais estão com a gestora belga Euroclear.




