Ederson defende Ancelotti após climão na CBF: ‘Não podemos fechar a porta’

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LONDRES, INGLATERRA (UOL/FOLHAPRESS) – O goleiro Ederson saiu em defesa do treinador da seleção brasileira, Carlo Ancelotti, dias depois dos ataques que o italiano sofreu em um evento de treinadores, no Rio de Janeiro. Na ocasião, Oswaldo de Oliveira e Emerson Leão falaram de forma crítica sobre um estrangeiro comandar a seleção pentacampeã do mundo.

Nesta quarta-feira, em Londres, o jogador do Fenerbahçe – que construiu toda a carreira na Europa, com treinadores estrangeiros – foi perguntado sobre o assunto e não fugiu da pergunta.

“Eu trabalhei com um dos melhores treinadores do mundo, que é o Guardiola. E quando você tem um treinador de uma expressão tão grande como o Ancelotti, que conquistou todos os títulos possíveis na Europa, você não pode fechar a porta”, afirmou o goleiro, que passou por Rio Ave, Benfica e Manchester City, antes de se transferir para a Turquia, no início da atual temporada.

“Acho que um nome como Ancelotti na seleção brasileira agrega muitas coisas, principalmente no momento que a seleção vem vivendo. Eu acho que o nome de peso pode fazer grande diferença”, afirmou.

Ederson também falou sobre a mentalidade vencedora do italiano, que tem sido importante para os jogadores em um ciclo complicado desde a Copa de 2022.

“Ele tem trazido a mentalidade vencedora para os jogadores. É o pouco que eu compartilhei com ele nos dois últimos dias, notei isso. É muito bom trazer essa experiência dele, essa mentalidade de campeão que ele tem e todos os títulos que ele ganhou com os clubes em que ele passou, acho que é muito importante, principalmente para os garotos jovens”, afirmou.

A seleção brasileira se prepara em Londres para a última Data Fifa de 2025, e a penúltima até a convocação final para a Copa do Mundo. A equipe comandada por Carlo Ancelotti enfrenta Senegal, no sábado (15) na capital inglesa, e a Tunísia, na terça-feira (18) em Lille, na França

O QUE MAIS EDERSON DISSE

Lesões antes de convocações

“Nunca é fácil se lesionar, né? Ter um acidente de trabalho pode acontecer. E comigo, infelizmente, foram sempre perto das datas Fifa. É claro que eu fiquei muito chateado, mas reforçou ainda mais a vontade de estar aqui, de estar presente, de estar trabalhando, dando o máximo e buscando estar em mais uma Copa do Mundo. Não sei se eu viesse em todas as convocações que eu fui cortado ia ser titular ou não, mas o trabalho e a dedicação seriam o mesmo para tentar trazer novamente a seleção brasileira para o mais alto nível possível”.

Mudança de ares na Turquia

“Todos os ciclos se encerram. Jogadores vão e vêm, e o clube sempre fica. E no meu caso não é diferente. Foram 8 anos maravilhosos com a camisa do City, em que conquistei 18 títulos. Mas eu precisava dessa mudança para mim. Eu precisava de novos ares, de novos desafios. Então quando surgiu o Fenerbahçe, eu abracei e continuo com a mesma mentalidade. Continuo fazendo meu trabalho em campo, assim como eu fazia no City, e com meu preparador físico. Então, a minha mentalidade continua a mesma, a mentalidade vencedora com que eu ganhei no Benfica, ganhei no City e quero ganhar no Fenerbahçe também”.

Período fora da seleção

“Com certeza, por passar esse período longe da seleção, gera bastante expectativa, um pouco de ansiedade e alegria de poder voltar novamente. Então, estou muito contente, muito feliz com mais uma oportunidade de estar aqui novamente e espero corresponder a todas as expectativas durante os treinamentos. Se for jogar, também corresponder às expectativas. Então, acho que nós temos um grupo muito bom, com grandes atletas, que precisa de um pouco mais de tempo para aprimorar as ideias do jogo do treinador. É claro que o treinador também está testando novos nomes, novos jogadores de diferentes formas. Então, eu vejo que em todas as convocações que ele teve, muitos jogadores tiveram oportunidades e isso é bom. Apesar do momento de dar oportunidades muito perto da Copa, acaba sendo um pouco mais arriscado, mas eu vejo como uma forma positiva do lado dele também”.

Transferência para o futebol turco

“Antes, eu tive uma breve conversa com o Taffarel, apesar dele ter jogado no rival. Mas falou mil maravilhas sobre a cidade, sobre a cultura, sobre o povo turco, então eu fui mais tranquilo. Eu também já conversei com alguns brasileiros que jogam no Fenerbahçe, que também me falaram super bem do clube, da cidade, da cultura, do clima. Então, isso acabou ajudando ainda mais e eu estou gostando muito desse novo desafio, novo país, novo campeonato, nova cultura, muitas coisas para conhecer ainda Istambul, que é uma cidade maravilhosa. O povo turco é muito fascinado por esportes, seja futebol, basquete ou voleibol. Eles são muito, muito vibrantes com esporte e isso traz algo a mais para mim, que é ver a atmosfera nos estádios. Isso é impressionante, completamente diferente do que eu vivi nos últimos anos”.

Diferença do Brasil x Senegal anterior

“Mudou praticamente tudo. Aquele jogo foi uma logística diferente, em que muitos jogadores estavam no começo de férias, tiveram 10 dias ali mais ou menos de férias, depois para você voltar novamente acaba sendo mais complicado. Mas mudou muita coisa, mudou a forma de pensar, a forma de trabalhar. Não tirando mérito do treinador anterior (Ramon Menezes), mas com o Ancelotti é outra forma de ver, é outra forma de você enxergar o treinador. Você vê um treinador tão vitorioso comandando a equipe, isso agrega muito para os jogadores. Traz uma mentalidade mais vencedora para dentro de nós. Nós temos que estar juntos como grupo. Durante esses dois dias, eu vi já a forma que eles treinam, e treinam no mais alto nível possível. Então, podemos esperar um grande jogo contra o Senegal, que tem uma grande equipe, com grandes jogadores. Não vai ser um jogo fácil. nesta quarta-feira (12) em dia, não existe seleção fácil. O futebol evoluiu muito, todos os países têm grandes jogadores. Espero que possa ser um grande jogo de ambas equipes”.

Os treinos do italiano

“Ancelotti faz muitos jogos curtos, é para os jogadores pensarem rápido, darem um ou dois toques na bola. Eu participei já nesta terça-feira (11) numa posse de bola, então eu vejo que ele frisa muito a equipe estar com a bola, ser agressiva. E no momento de defender, todos defendem juntos, recompactar o mais rápido possível. Então, esses pequenos detalhes fazem grandes times vencedores e grandes seleções. Então, ele com essa mentalidade tem certeza que ele vai conseguir implementar tudo aquilo que ele quer para poder trazer novamente o brilho da seleção brasileira”.

O que falta na carreira?

“Bom, falta vencer a uma Copa do Mundo com a seleção brasileira. Ganhar um Campeonato Turco também, né, que é um novo desafio na minha carreira. Então, eu creio que eu sou um cara muito realizado por tudo aquilo que eu conquistei, por tudo aquilo que eu almejei ao longo da minha carreira profissional. Sei que muitas vezes as pessoas olham só a parte quando você está no alto, mas não veem o sacrifício que foi para chegar até lá, né? Então, a gente abdica de muitas coisas. É claro que quando você está lá em cima, tudo é maravilhoso, tudo é brilhante. Você é bem remunerado, bem recompensado, tem uma boa vida. Mas o que a gente tem que passar para chegar até lá é muito complicado e muito difícil. Então, eu abdico de muitas coisas. Eu treino duas vezes ao dia, treino pela manhã no clube, treino à tarde com o meu preparador físico. E esses pequenos detalhes vão trazendo você cada vez mais um passo mais acima. Então, com muito trabalho, com muita dedicação, espero estar presente em mais uma Copa do Mundo e é claro que isso tudo vai depender do treinador, mas eu vou me doar o máximo nos treinamentos. Se eu jogar também, vou dar o meu melhor.

Goleiro especialista só para pênaltis?

“Isso pode ser positivo, como também pode não fazer diferença. É claro que já aconteceram situações anteriores em Copa do Mundo, por exemplo, que deu certo, mas também pode não dar certo e fica o questionamento: ‘Por que trocou?’. Então, é muito relativa essa questão, é meio complicado de responder. Acho que é uma pergunta meio complexa, né? Porque você pode estar fazendo um jogo brilhante e de repente o treinador substitui para colocar um especialista em pênalti. Não sei, fica meio complicado, mas é muito relativo essa questão. Pode funcionar ou não”.

Por que quis sair do City?

“Bem, uma temporada anterior a essa também, eu já tinha tentado sair já, mas acabou que não deu certo, e eu acho que isso influenciou um pouco o meu rendimento ao longo da temporada, porque durante a temporada eu tive cinco lesões e não estive no mais alto nível possível, então isso acabou afetando um pouco, então já foi uma decisão meio que eu tinha tomado junto com a minha família se conversar com o clube, se tiver de acordo para poder me transferir, porque eu precisava dessa mudança, não adianta nada eu estar num clube vitorioso, num clube gigante, não estando feliz, isso ia continuar me afetando da mesma maneira, então às vezes é muito bom você ter novos desafios na sua vida, na sua carreira, então ela traz energias novas, traz muitas coisas positivas, traz algo novo para dentro de você, então foi o que aconteceu comigo, eu com essa mudança, eu estou respirando novamente futebol. Sentindo a atmosfera dos jogos na Turquia, que é uma coisa de louco, e eu tô muito feliz com esse novo desafio, com vontade de vencer, o clube já tá um bom tempo sem ganhar um título nacional, então espero poder ajudar a conquistar esse brilho novamente e trazer o clube de volta ao topo”.

Leia Também: Perto da Copa, Cunha lembra dor pela ausência em 2022



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