O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) anunciou nesta quarta-feira (24) a descoberta de mais de um milhão de documentos “potencialmente relacionados” ao caso Jeffrey Epstein.
O departamento disse que recebeu “um grande volume de material” do FBI, a polícia federal americana, e que irá analisá-los e divulgá-los “em conformidade com a Lei de Transparência dos arquivos Epstein, as leis vigentes e as ordens judiciais”.
“Nossos advogados estão trabalhando ininterruptamente para revisar e fazer as redações legalmente exigidas para proteger as vítimas. Liberaremos os documentos assim que possível. Esse processo pode levar algumas semanas”, escreveu o departamento em uma publicação no X.
Na última terça-feira (23), o Departamento de Justiça divulgou um novo conjunto de documentos das investigações do caso Epstein contendo cerca de 29 mil páginas de arquivos.
A leva inclui fotos, áudios, vídeos e registros judiciais, com menções ao presidente Donald Trump.
Segundo o Washington Post, os documentos revelam que, em 2021, foi enviada uma intimação a Mar-a-Lago, residência do republicano na Flórida, solicitando registros relacionados ao processo do governo contra Ghislaine Maxwell, ex-namorada e cúmplice de Epstein no esquema de tráfico sexual.
O material também inclui emails de um procurador federal em Manhattan sobre a quantidade de vezes que Trump teria viajado no avião de Epstein.
A mensagem, escrita em janeiro de 2020, dizia que Trump estava listado como passageiro no jato de Epstein pelo menos oito vezes de 1993 a 1996, incluindo alguns casos em que também havia mulheres jovens dentro do avião.
Epstein, financista condenado por crimes sexuais, morreu em 2019 na prisão, em um aparente suicídio, enquanto enfrentava acusações de tráfico sexual de menores.
Seu esquema envolvia a exploração de dezenas de vítimas em propriedades como uma ilha no Caribe e residências em Nova York e Flórida, com a cúmplice Ghislaine Maxwell condenada em 2021.
Uma lei aprovada pelo Congresso em novembro de 2025 obriga a divulgação de todos os arquivos não sigilosos, superando resistências iniciais do governo Trump.




