11 de Setembro: Nova York relembra em meio a novas perdas – 11/09/2025 – Mundo

11 de Setembro: Nova York relembra em meio a novas


A leitura anual dos nomes dos mortos nos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 será realizada nesta quinta-feira (11), e outros momentos de recordação vão ocorrer em toda a região. Às 8h46 da manhã desta quinta-feira (9h46 no horário de Brasília), o tempo para e o silêncio toma conta para milhares de pessoas na cidade de Nova York, preenchido pelas lembranças de outra manhã clara e azul, há 24 anos.

O número de vítimas continua a crescer: ao longo dos anos, as mortes causadas por doenças relacionadas aos materiais tóxicos no ar e nos escombros quase certamente já superaram as do próprio 11 de Setembro.

Homenagens às vítimas e suas famílias ocorreram pela cidade nesta semana, enquanto grupos de policiais e organizações de apoio a sobreviventes se preparavam para marcar a data.

Na tarde desta quarta-feira (10), em um quartel próximo ao World Trade Center, bombeiros se reuniram diante de um muro memorial para chamar atenção para cortes nos programas federais de saúde destinados aos sobreviventes e para homenagear os 409 integrantes da corporação que morreram em decorrência de doenças relacionadas ao ataque, incluindo 39 somente nos últimos 12 meses. No dia, 343 bombeiros perderam a vida.

“Enquanto estamos à sombra deste belo monumento, às vezes sinto que ele acaba ofuscando os efeitos persistentes do que ocorreu depois daquele dia”, disse o tenente James Brosi, presidente da Associação de Oficiais Fardados de Bombeiros, ao lado do muro gravado com os nomes dos bombeiros falecidos.

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), mais de 24 mil socorristas que trabalharam no local do World Trade Center ou na pilha de destroços em Staten Island desenvolveram câncer.

Outras lembranças foram mais privadas. Valentina Ligin, 78, visitou a praça do World Trade Center na quarta-feira e colocou uma flor junto ao nome do filho, Alexander Ligin, gravado em um dos espelhos d’água do memorial.

Lygin tinha 28 anos quando morreu na Torre Norte, disse sua mãe. Ele trabalhava no 104º andar como programador e planejava se casar em outubro daquele ano.

Valentina lembrou-se de correr com o marido do Brooklyn até o sul de Manhattan naquele dia e de terem sido barrados perto do World Trade Center. “Nós só dissemos: ‘Estamos aqui para buscar nosso filho e levá-lo para casa’”, recordou. Mais tarde, a carteira de motorista dele foi encontrada nos escombros.

Hoje vivendo na Carolina do Norte, ela disse que visita Nova York duas vezes por ano para homenagear o filho: em 11 de setembro e no aniversário dele, em 16 de janeiro.

“O que eu quero é que as pessoas se lembrem”, disse.

Ao sair do Museu do 11 de Setembro na quarta-feira, Anthony Skut, bombeiro de Colchester, Connecticut, lembrou-se de ter procurado restos mortais nas pilhas de destroços nos dias após o ataque.

“As pessoas de Nova York estavam de luto, mas nos incentivavam”, disse Skut, 67. “Todo ano, eu presto minhas homenagens.”

Nova York mudou, se curou e se reconstruiu de maneira dramática desde 2001. A população do distrito que inclui o sul de Manhattan mais que dobrou desde 2000. A cidade —onde a islamofobia disparou após os ataques de 2001— está prestes a eleger seu primeiro prefeito muçulmano: Zohran Mamdani, deputado estadual que tinha 9 anos e vivia em Manhattan quando as torres gêmeas caíram.

Embora os candidatos muitas vezes interrompam suas campanhas em 11 de setembro em respeito à data, o significado político não passou despercebido. Na terça-feira (9), o ex-governador Andrew M. Cuomo realizou uma entrevista coletiva com Sal Turturici, bombeiro que respondeu aos ataques e ajudou nos trabalhos de resgate. Turturici e sua esposa declararam apoio a Cuomo para prefeito e criticaram Mamdani por sua suposta associação com o streamer Hasan Piker, que uma vez fez comentários insensíveis sobre o 11 de setembro —mais tarde retratados. (Mamdani participou de um programa de Piker em abril.)

Mamdani, que lidera as pesquisas com ampla vantagem, planeja participar da cerimônia desta quinta-feira na praça do memorial. Também devem comparecer o atual prefeito, Eric Adams, que busca a reeleição; Cuomo, que aparece em segundo lugar nas pesquisas; e Curtis Sliwa, candidato republicano.

O vice-presidente J. D. Vance também deve estar presente.

A leitura dos nomes dos mortos leva horas. Ela é interrompida por mais cinco momentos de silêncio, marcando os horários em que cada avião caiu —incluindo o Voo 93, na Pensilvânia— e que cada torre desabou.



Fonte CNN BRASIL

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