O advogado de Sean “Diddy” Combs, Marc Agnifilo, causou espanto ao comparar as festas sexuais organizadas pelo rapper — conhecidas como freak offs — com casais que tomam limonada juntos. A declaração foi feita durante os argumentos finais do julgamento do artista, cuja última audiência aconteceu nesta sexta-feira (27).
Na visão do defensor, as discussões entre Combs e a ex-namorada Cassie Ventura — uma das principais testemunhas do processo — sobre essas festas eram similares às de qualquer casal decidindo se vai à praia ou tomar uma bebida juntos. Ele alegou que “casais geralmente compartilham gostos semelhantes”.
Para os promotores, no entanto, essas festas — que duravam dias — eram na verdade eventos organizados por Diddy que envolviam uso de drogas e presença de trabalhadores do sexo, dentro de um suposto esquema de exploração sexual.
A defesa alega que todas as três mulheres que testemunharam no caso — Cassie Ventura, uma mulher identificada apenas como “Jane” e a ex-assistente Mia — participaram das freak offs de forma consensual, sem qualquer tipo de coação.
“Limonada não é o mesmo que freak offs”, rebate promotora
Durante uma audiência anterior, em 25 de abril, o advogado de Diddy já havia afirmado que o processo todo girava em torno do “gosto sexual” de seu cliente, especialmente pela prática de swing (troca de casais).
Essas declarações, no entanto, foram duramente contestadas pela promotora federal Maurene Comey, que acusou a defesa de tentar desacreditar as vítimas.
“O que a defesa está sugerindo é que essas mulheres mentiram repetidamente”, disse Comey. “Mas elas não têm motivo algum para mentir.”
Ela também contestou o argumento de que se tratava apenas de “prática sexual consensual”. Segundo a promotora, as vítimas descrevem terem passado dias acordadas, cobertas de óleo de bebê, usando saltos de 20 centímetros, sofrendo com infecções urinárias e tendo relações sexuais desprotegidas com desconhecidos. Para Comey, isso não tem nenhuma semelhança com “tomar limonada”.
Marc Agnifilo, advogado do rapper Sean ‘Diddy’ Combs© Getty Images
Entenda o caso
Sean Combs, de 55 anos, foi preso em setembro de 2024, acusado de comandar uma rede de tráfico sexual, extorsão e transporte para fins de prostituição. A detenção aconteceu após uma denúncia feita por Cassie Ventura, em novembro de 2023, alegando estupro, agressão e tráfico sexual durante o relacionamento dos dois.
O júri volta a se reunir neste domingo (29) para receber as instruções do juiz Arun Subramanian antes de iniciar as deliberações finais.
Nesta semana, Diddy e o filho Justin Combs também foram citados em uma nova ação judicial. Uma mulher alega ter sido levada por Justin até a mansão do rapper, onde teria sido estuprada por três homens — incluindo o próprio artista.
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