Ao menos 153 pessoas morreram em enchentes repentinas no nordeste do Afeganistão, informou o ministério do Interior do Talibã neste sábado (11). Já segundo o Programa Mundial de Alimentos da ONU, foram 300 as vítimas das inundações em Baghlan, Takhar e Badakhshan, causadas por fortes chuvas na sexta-feira (10).
As autoridades do Talibã disseram ter enviado helicópteros para tentar ajudar civis durante a noite após receberem relatos de que mais de cem pessoas estavam presas.
Muitos ficaram desabrigados e os sistemas de transporte, água e coleta de lixo foram “gravemente afetados”, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
“O impacto foi profundo, resultando em perda de vidas e feridos, com muitas pessoas ainda desaparecidas”, disse o escritório da entidade no país em um comunicado divulgado na sexta.
A agência acrescentou que quatro centros médicos foram comprometidos e um, destruído pelas inundações. Ainda disse que estava enviando equipes de saúde para dar assistência nas áreas inundadas.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) contabilizou mais de 2.000 casas destruídas.
As inundações de uma primavera excepcionalmente chuvosa também afetaram outras províncias do Afeganistão. Cientistas afirmam que o país é um dos mais vulneráveis do mundo às mudanças climáticas, além de um dos menos preparados para suas consequências.