O Exército da Coreia do Sul afirmou nesta terça-feira (8) que disparou tiros de advertência após soldados da Coreia do Norte violarem a linha de demarcação militar antes de retornarem.
“Nossas Forças Armadas realizaram transmissões e disparos de advertência depois que cerca de dez soldados norte-coreanos cruzaram a linha de demarcação militar na área leste da zona desmilitarizada, por volta das 17h no horário local”, disseram os chefes do Estado-Maior Conjunto sul-coreano em uma mensagem de texto enviada a jornalistas.
Alguns dos soldados norte-coreanos estavam armados, de acordo com o Exército sul-coreano.
A travessia, no entanto, pode ter sido um erro durante uma atividade de reconhecimento antes de um trabalho planejado na área, informou a agência de notícias Yonhap, citando uma autoridade militar.
Em junho de 2024, houve pelo menos três incidentes de soldados norte-coreanos cruzando a linha em meio a um aumento de atividade perto da fronteira de demarcação, parte do armistício que congelou o conflito formalmente ainda existente há mais de 70 anos.
O presidente interino da Coreia do Sul, Han Duck-soo, disse na sexta-feira (4) que o governo manteria uma postura de prontidão contra provocações da Coreia do Norte, após o Tribunal Constitucional destituir o presidente Yoon Suk Yeol.
Nesta segunda-feira (7), o Exército sul-coreano informou que cerca de 1.500 norte-coreanos estavam trabalhando em instalações de arame farpado e obras de terraplenagem na zona desmilitarizada, enquanto Pyongyang realizava exercícios militares.
Há cerca de um mês, a ditadura norte-coreana disparou múltiplos mísseis balísticos horas após condenar Coreia do Sul e Estados Unidos por lançarem exercícios conjuntos chamadas por Pyongyang de “ato provocativo perigoso”.
O lançamento foi o primeiro teste de míssil balístico relatado desde que o presidente americano, Donald Trump, iniciou seu segundo mandato, em janeiro.
A Coreia do Norte costuma exigir que os exercícios conjuntos de Washington e Seul sejam interrompidos, rotulando-os como prelúdio de uma invasão.
O Exército sul-coreano, por outro lado, afirmou na ocasião que as manobras visam fortalecer a prontidão da aliança para enfrentar ameaças como a Coreia do Norte.