
Os contínuos ataques russos a infraestruturas energéticas na Ucrânia deixam milhares de pessoas sem eletricidade durante dias consecutivos, agravando as condições de vida da população em pleno inverno. Em cidades do sul, residentes enfrentam dificuldades para se aquecer, cozinhar e ter acesso a água potável.
Segundo o coordenador de ajuda humanitária na Ucrânia, Matthias Schmale, cerca de metade da população de Kherson, ou mais de 30 mil pessoas, está sem eletricidade há vários dias.
A situação repete-se noutras localidades, como Odesa, onde os cortes de energia e aquecimento já duram há mais de cinco dias consecutivos.
Em declarações à ONU News, durante uma missão ao sul da Ucrânia, Schmale alertou que os cortes prolongados representam um desafio muito maior.
Uma mãe cuida de seu recém-nascido em uma incubadora no Kherson City Perinatal Centre na Ucrânia. (Foto de arquivo)
O chefe humanitário na Ucrânia afirmou que “as autoridades conseguem lidar com algumas horas ou dias sem eletricidade, mas quando os cortes se prolongam por mais de uma semana, como em Odesa, a situação torna-se extremamente difícil.”
De acordo com o responsável, trata-se de uma “corrida contra o tempo” para garantir apoio às populações mais vulneráveis, sobretudo em cidades como Kherson, Mykolaiv e Odesa, caso a destruição energética se mantenha.
Após a visita a Mykolaiv e Kherson, Matthias Schmale explicou que o foco principal da resposta humanitária tem sido enfrentar o inverno, e os desafios de acesso a aquecimento, água e eletricidade.
A comunidade humanitária implementou medidas de preparação para o inverno, como o fornecimento de combustível a comunidades rurais, inclusive em áreas próximas da linha da frente, assim como apoio financeiro de emergência para a população.
Uma das principais soluções em análise pela ONU, em coordenação com autoridades locais e parceiros como organizações não governamentais, inclui manter milhares de pessoas quentes, seguras e com acesso a água, assim como o reforço de infraestruturas públicas essenciais.
O responsável afirma que escolas e serviços de saúde devem estar devidamente “equipados com geradores e combustível suficiente, para que as pessoas se possam reunir nesses locais em caso de crise, durante vários dias consecutivos, se necessário.”
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