Egito propõe plano para reconstruir Faixa de Gaza – 04/03/2025 – Mundo

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Líderes de países árabes aprovaram nesta terça-feira (4) um plano do Egito para a reconstrução da Faixa de Gaza com a permanência dos palestinos em suas terras. O valor estimado é de US$ 53 bilhões (cerca de R$ 309 bilhões) e duração de cinco anos.

O plano também deve envolver a construção de ao menos 200 mil unidades habitacionais e um aeroporto.

A proposta foi aceita no fim de uma cúpula dos países árabes que acontece no Cairo, a capital egípcia, e contrasta com a visão de uma “Riviera do Oriente Médio” cogitada pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

As principais questões que ainda precisam ser respondidas sobre o futuro de Gaza são: quem administrará o território após o fim da guerra com Israel e quais países fornecerão os bilhões de dólares necessários para a reconstrução do território devastado. Qualquer financiamento para a reconstrução exigiria um forte apoio dos Estados árabes do Golfo, ricos em petróleo, como os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita, que possuem as quantias necessárias.

Outra questão crítica é o destino do grupo terrorista Hamas, que desencadeou a guerra em Gaza ao atacar Israel em 7 de outubro de 2023.

Nesta terça, o ditador do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, defendeu o plano egípcio e afirmou que trabalha com os palestinos para a criação de um comitê independente para a governança do território. A ideia é que o órgão seja responsável pela supervisão da ajuda humanitária e pela gestão dos assuntos da Faixa de Gaza por um período temporário, em preparação para o retorno da Autoridade Nacional Palestina (ANP), rival do Hamas.

Sisi também disse acreditar que Trump conseguirá alcançar a paz na questão palestina. O que o presidente dos EUA propôs até aqui, no entanto, é que seu país assuma o controle de Gaza —o que implicaria em deslocamento forçado de milhões de palestinos. Os países árabes presentes na cúpula do Cairo reiteraram sua rejeição ao plano americano e iniciaram a discussão de uma ofensiva diplomática para contrapor a ideia.

O plano de Trump, anunciado em 4 de fevereiro, em meio a um frágil cessar-fogo entre Israel e Hamas, foi um afastamento da política de longa data dos EUA no Oriente Médio, focada na solução de dois Estados (um israelense e um palestino).

No Cairo, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse que o plano egípcio é bem-vindo e pediu a Trump que apoie a reconstrução de Gaza sem a retirada dos palestinos. Também anunciou a criação do posto de vice-presidente da ANP. Aos 89 anos, Abbas lidera a Autoridade Palestina desde 2005.

Além de Sisi e Abbas, estavam no encontro o novo líder sírio, Ahmed al-Sharaa, representantes do Qatar, dos Emirados Árabes Unidos, da Arábia Saudita e o secretário-geral da ONU, António Guterres, entre outras lideranças regionais.

Após a aprovação da cúpula, o Hamas disse que o plano de reconstrução proposto pelo Egito é bem-vindo e pediu que sejam providos meios para garantir seu sucesso.

O Egito deve sediar uma conferência sobre a reconstrução de Gaza no próximo mês. No último domingo (2), o chanceler egípcio disse que buscará apoio internacional e financiamento para o plano e enfatizou o papel crucial da Europa para tornar o território palestino novamente habitável.

Ainda no domingo, Israel suspendeu a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza e fez novas ameaças ao Hamas se o grupo terrorista continuar a recusar a proposta dos Estados Unidos de prolongar a primeira fase do cessar-fogo, que terminou oficialmente no sábado (1º).

Com duração de 42 dias, esta previa, além da trégua temporária das hostilidades, a libertação de 33 do total dos cerca de 100 reféns israelenses que continuavam nas mãos do Hamas, parte deles mortos —outros 5 tailandeses também acabaram sendo soltos pela facção no período. Em troca, 2.000 palestinos detidos em prisões israelenses foram libertados, e Israel retirou suas tropas de algumas de suas posições em Gaza.



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