Pelo menos nove pessoas morreram em uma enchente repentina no norte da China, informou a mídia estatal neste domingo (17). Outras três seguem desaparecidas, enquanto as monções do leste asiático continuam a desencadear o caos atmosférico na região.
As margens de um rio que atravessa as pastagens da Mongólia Interior transbordaram por volta das 22h locais de sábado, informou imprensa estatal, levando consigo 13 pessoas que acampavam nos arredores da cidade de Bayannur, um importante polo agrícola.
Mais de 700 pessoas participam da operação de busca e resgate, de acordo com a agência de notícias estatal Xinhua. Uma pessoa já foi resgatada.
A China sofre há semanas de condições climáticas extremas, desde julho, por conta de chuvas mais fortes do que o normal, com as monções nas regiões norte e sul.
Especialistas em clima atribuem a diferença de padrão às mudanças climáticas. Bayannur é uma importante base nacional de produção de grãos e óleo, além de um centro de criação e processamento de ovinos.
No outro extremo do país, a suspensão da pesca, que durou três meses e meio, na província de Hainan, terminou neste sábado (16), informou a mídia estatal, depois que autoridades agrícolas ordenaram que os navios se abrigassem no porto devido às chuvas fortes e persistentes.
Na província de Sichuan, no sudoeste do país, o mau tempo matou 2 pessoas e feriu outras 3 em um festival de cerveja na cidade de Mianzhu na sexta-feira (15), após a queda de uma estrutura sobre elas, de acordo com um relatório da polícia local divulgado no sábado.
A enchente na Mongólia Interior ocorre após uma chuva torrencial em Pequim –a pouco menos de 1.000 km de distância– no final do mês passado, que matou pelo menos 44 pessoas e forçou o deslocamento de mais de 70 mil moradores.
O governo anunciou na semana passada 430 milhões de yuans (R$ 323 milhões) em novos financiamentos para assistência a desastres, elevando o total alocado desde abril para pelo menos 5,8 bilhões de yuans (R$ 4,3 bilhões).