A secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Kristi Noem, ordenou nesta quinta-feira (18) a suspensão de um programa que concede por sorteio vistos de residência, ou “green cards”, a países com baixa migração, após afirmar que o sistema foi utilizado pelo suspeito do tiroteio na Universidade Brown.
“Claudio Manuel Neves Valente entrou nos Estados Unidos por meio do programa de loteria de vistos de diversidade em 2017 e recebeu um ‘green card'”, afirmou Noem nas redes sociais sobre o cidadão português.
“Seguindo as instruções do presidente Trump, ordeno imediatamente ao USCIS (Serviço de Cidadania e Imigração) que suspenda o programa para garantir que mais nenhum americano seja prejudicado por este programa desastroso”, acrescentou.
Valente, acusado de matar dois estudantes da Universidade Brown e também suspeito de assassinar um professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), foi encontrado morto em um depósito no estado de New Hampshire, ao lado de duas armas de fogo.
Ele “tirou a própria vida”, disse Oscar Perez, chefe do Departamento de Polícia de Providence, cidade do estado de Rhode Island onde fica a renomada universidade onde ele abriu fogo no fim de semana passado.
O sistema de loteria migratória, denominado oficialmente Programa de Vistos de Diversidade, foi instaurado em 1990 e permite a emissão de autorizações de residência para quase 50 mil pessoas por ano, desde que cumpram os critérios de elegibilidade.
Para obter o visto, é necessário passar por um exame e uma entrevista. Todos os anos, milhões de pessoas de países com baixos índices migratórios para os Estados Unidos participam do sorteio.




