Fala sobre Taiwan cria tensão entre China e Japão – 13/11/2025 – Mundo

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A primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, gerou uma tensão diplomática com a China com os últimos gestos em relação a Taiwan, especialmente a fala feita na sexta-feira (7), quando declarou que uma possível intervenção militar de Pequim na ilha poderia exigir ação militar de Tóquio.

Em resposta à pergunta de um parlamentar da oposição sobre em que situações ela poderia acionar uma lei que permite ao premiê utilizar as Forças de Autodefesa do Japão, Takaichi afirmou que uma tentativa do regime chinês de submeter Taiwan ao seu domínio por meio da força militar seria um exemplo. Isso porque um ataque a navios de guerra americanos usados para romper um bloqueio chinês à ilha poderia exigir que Tóquio se envolvesse para defender o aliado.

Tóquio, assim como muitas outras nações, não tem relações diplomáticas oficiais com Taiwan, mas mantém apoio nos bastidores, assim como os EUA.

O Japão é um dos vizinhos mais próximos de Taiwan, posicionado a cerca de 110 quilômetros da ilha. É também aliado histórico dos EUA e abriga o maior contingente militar americano no exterior. Uma incursão chinesa ao território poderia também ameaçar o arquipélago japonês, o que fez a primeira-ministra afirmar que o uso da força, nesse caso, também seria para proteção do próprio país.

Takaichi chegou a afirmar que seus comentários eram hipotéticos e que, no futuro, evitaria esse tipo de fala no Parlamento.

Suas declarações, porém, geraram respostas da China. Na segunda-feira (10), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, afirmou que a manifestação da governante “constitui uma grave interferência nos assuntos internos da China e viola o princípio de Uma Só China”.

Pequim reivindica o território de Taiwan —formalmente chamado de República da China, com um presidente eleito democraticamente— como parte do seu território, e não descarta utilizar a força em caso de reunificação.

“Que sinal o líder japonês está tentando enviar às forças separatistas pró-independência de Taiwan? O Japão está disposto a desafiar os interesses fundamentais da China e impedir sua reunificação? Para onde exatamente o Japão quer levar suas relações com a China?”, disse Lin, afirmando que as declarações de Takaichi também desafiam a ordem internacional do pós-Segunda Guerra Mundial.

Lin continuou declarando que o povo chinês tem toda a “determinação, vontade e convicção para frustrar qualquer interferência externa e obstrução à reunificação”.

“A China insta o Japão a cessar imediatamente a interferência nos assuntos internos da China, a parar de provocar e ultrapassar os limites e a parar de seguir pelo caminho errado.”

Em eco às falas do porta-voz, a emissora estatal chinesa CCTV afirmou no dia seguinte, em um editorial, que as declarações de Takaichi haviam “passado dos limites”.

As falas da primeira-ministra e a resposta de Pequim ocorreram dias após um encontro entre ela e o líder do regime chinês, Xi Jinping, em Gyeongju, na Coreia do Sul, onde acontecia a cúpula da Apec (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, em português), da qual ambos participavam.

Na ocasião, Xi afirmou, segundo a mídia estatal chinesa, estar pronto para uma relação bilateral construtiva e estável.

A tensão subiu logo após o aperto de mãos, que tinha como objetivo dar um pontapé inicial no relacionamento da nova primeira-ministra com a autoridade chinesa. Também às margens da Apec, Takaichi se reuniu com o representante de Taiwan na cúpula, o conselheiro sênior da Presidência, Lin Hsin-i.

Em uma postagem nas redes sociais, a política publicou uma foto e escreveu que esperava um aprofundamento da cooperação entre os países.

O encontro gerou protestos de Pequim, que condenou a reunião e afirmou que as ações —tanto o encontro como a publicação online— “violaram gravemente o princípio de ‘Uma Só China’, além de deixarem de lado as normas básicas das relações internacionais, enviando um sinal extremamente equivocado às forças pró-independência de Taiwan”.

“Tais ações são flagrantes em sua natureza e impacto. A China expressa sua firme oposição e apresentou protestos formais ao Japão”, disse o comunicado do Ministério das Relações Exteriores.

Com Reuters



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