A família do cidadão egípcio acusado de usar um coquetel molotov e um lança-chamas improvisado para atacar pessoas em uma manifestação pró-Israel nos Estados Unidos foi detida nesta terça-feira (3), de acordo com autoridades americanas.

O ataque aconteceu no domingo (1º) em Boulder, uma cidade de pouco mais de 100 mil habitantes no estado do Colorado. Pelo menos 12 pessoas ficaram feridas, além do próprio agressor, identificado como Mohamed Soliman, de 45 anos.

A secretária de Segurança Nacional dos EUA, Kristi Noem, disse em comunicado que o ICE (Serviço de Imigração dos EUA) prendeu a família de Soliman na cidade de Colorado Springs, a cerca de 160km de Boulder.

De acordo com Noem, que não deu detalhes sobre quantas pessoas foram detidas nem suas idades, disse que os familiares do agressor estão nos EUA ilegalmente. A imprensa local afirma que, entre os detidos, estariam dois adolescentes e três crianças, além da esposa de Soliman.

A secretária disse ainda que as autoridades investigam se a família de Soliman tinha informações prévias sobre o ataque, que teria sido planejado por um ano, e se o auxiliaram na sua execução. O egípcio disse ao FBI, a polícia federal americana, que agiu sozinho.

De acordo com o governo Donald Trump, Soliman chegou aos EUA em agosto de 2022 em um visto para turistas. No mês seguinte, pediu asilo, e permaneceu no país depois do vencimento do visto em fevereiro de 2023.

No domingo, Soliman atacou um evento organizado para pedir a libertação dos reféns israelenses ainda em poder do grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. Segundo a polícia, o egípcio teria dito que queria “matar todos os sionistas” e gritado “Palestina livre”. Ele foi acusado de crime de ódio federal, tentativa de homicídio e agressão.

O FBI disse ainda que Soliman tentou comprar uma arma, mas não conseguiu, devido à sua condição como imigrante em situação irregular. Por isso, resolveu preparar coquetéis molotov, cuja fabricação teria aprendido na internet. Ele não tinha antecedentes criminais.