A família de uma das 231 pessoas mortas no desastre da boate que desabou em Santo Domingo, na República Dominicana, pediu nesta terça-feira (15) ao Ministério Público que acuse os donos do estabelecimento de homicídio culposo. Também foi solicitado que as autoridades sejam responsabilizadas por omissão diante dos danos que levaram ao colapso da estrutura.
O teto da boate Jet Set desabou na madrugada da última terça-feira (8). Do alto do local, é possível ver o buraco que ficou na estrutura colapsada, entre aparelhos de ar-condicionado e geradores elétricos que pesavam toneladas
A viúva e os pais de Virgilio Cruz, um dos mortos na tragédia, afirmaram que “é inequívoco que há provas suficientes para imputar esse crime à família proprietária”. O documento apresentado aos promotores também afirma que “o Estado dominicano pode ser processado por responsabilidade civil, tanto por atos ilícitos cometidos por seus agentes quanto por omissões no cumprimento de seus deveres legais”.
O governo ordenou uma investigação sobre o ocorrido por meio de uma comissão de especialistas nacionais e estrangeiros. O presidente Luis Abinader defendeu que se “faça justiça como a justiça deve ser feita”.
A Jet Set declarou, horas após o desastre, que estava colaborando “de forma total e transparente” com as autoridades para “esclarecer o ocorrido”. Do total de mortos, 221 foram encontrados sob os escombros, enquanto outros dez morreram depois de serem encaminhados a hospitais em Santo Domingo.