Autoridades das Filipinas afirmaram que o número de mortos devido ao tufão Kalmaegi subiu para 40 nesta terça-feira (4), após o fenômeno provocar tempestades, inundações e destruição em áreas do centro do país. Estruturas ficaram submersas, e milhares de pessoas tiveram de ser retiradas de suas casas.
Embora o tufão tenha perdido força desde que tocou o solo nas primeiras horas do dia, o fenômeno registrava rajadas de 180 km/h ao cruzar as ilhas Visayas, rumo ao Mar do Sul da China e ao Vietnã.
Segundo as autoridades, 39 das vítimas estavam na província de Cebu, e uma em Bohol. A informação foi confirmada pela porta-voz do governo provincial, Ainjeliz Orong, que manifestou preocupação ainda com pessoas consideradas desaparecidas, sem especificar um número. “As operações de busca e salvamento continuam”, disse. As mortes foram causadas principalmente por afogamento e pela queda de destroços.
Outras seis pessoas morreram na queda de um helicóptero que era usado nas operações de resgate na ilha de Mindanao. Não estava claro se elas já tinham sido contabilizadas no número total de vítimas.
Dezenas de milhares de moradores foram retirados de regiões consideradas de risco nas Visayas e em partes do sul de Luzon e do norte de Mindanao. O tufão deve deixar o território filipino na noite desta quarta-feira (5), no horário local, ou na madrugada de quinta (6).
Na Cidade de Cebu, as enchentes começaram a baixar no fim da tarde de terça, mas parte da região continuava sem energia elétrica e com problemas nas comunicações.
Imagens divulgadas pela Cruz Vermelha mostram equipes de resgate atravessando ruas tomadas por água até os joelhos e usando barcos para alcançar moradores ilhados. Em Liloan, ao norte da cidade, casas ficaram submersas, com apenas os telhados visíveis.
Nas redes sociais, circulam também vídeos que mostram carros e ruas cobertos pela água e pela lama em diferentes bairros da cidade.
Mais de 180 voos foram cancelados, e comandantes de embarcações foram orientadas a buscar abrigo imediato em portos. o serviço meteorológico nacional, Pagasa, também alertou para o risco de ondas de até três metros de altura, com potencial de causar danos em áreas costeiras.
O governo do Vietnã informou estar se preparando para o pior cenário, já que o Kalmaegi deve atingir as regiões centrais do país na noite de quinta.
O Kalmaegi atingiu as Filipinas em um momento de fragilidade. O país lida com uma sucessão de desastres naturais nos últimos meses, entre eles, terremotos e tempestades. Em setembro, o supertufão Ragasa atingiu o norte de Luzon, provocando rajadas de ventos, chuvas torrenciais e a suspensão de atividades governamentais e escolares.




