França: Incêndios e ataque a tiros atingem várias prisões – 15/04/2025 – Mundo

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Diversas prisões da França foram atacadas desde domingo (13), incluindo ações realizadas com armas automáticas, no que o ministro da Justiça do país afirmou nesta terça-feira (15) ser uma resposta à repressão do governo ao tráfico de drogas.

Armas de uso militar foram utilizadas em disparos na entrada da prisão de Toulon, no sul da França, segundo o sindicato de funcionários penais. Veículos também foram incendiados fora de cadeias em Villepinte, Nanterre, Aix-Luynes e Valence, disse o sindicato. Em Nancy, um agente penitenciário foi ameaçado em sua casa, enquanto em Marselha houve uma tentativa de incêndio criminoso. Não há relatos de mortos ou feridos.

Anos de importações recordes de cocaína da América do Sul para a Europa transformaram e espalharam os mercados locais de drogas, desencadeando uma onda de violência relacionada às drogas em todo o continente europeu.

A França não foi poupada disso, com apreensões recordes de cocaína e gangues colhendo lucros provenientes da droga enquanto se expandem de bases de poder tradicionais em cidades como Marselha para pequenas cidades do país pouco acostumadas à violência do narcotráfico.

O ministro da Justiça, Gerald Darmanin afirmou que viajaria a Toulon. Ele planeja construir novas prisões de segurança máxima para reprimir narcotraficantes que comandam seus impérios detrás das grades.

“Tentativas foram feitas para intimidar funcionários em várias prisões, variando de veículos incendiados a disparos de armas automáticas”, escreveu Darmanin no X. “A República Francesa está enfrentando o problema do tráfico de drogas e está tomando medidas que irão perturbar massivamente as redes criminosas.”

O Escritório Nacional do Procurador Antiterrorismo (PNAT) afirmou que assumiu a investigação dos ataques, que também visaram a Escola Nacional de Administração Penitenciária. O PNAT disse que funcionários da agência de inteligência doméstica da França, a DGSI, ajudariam na apuração do caso.

Não está claro por que o PNAT, em vez dos promotores especializados em crime organizado, está no comando das investigações. As letras “DDPF”, aparentemente um acrônimo para “direitos dos prisioneiros franceses”, foram pichadas em muitos dos locais que foram atacados, levando à especulação da imprensa local de que as ações poderiam ser obra de um grupo terrorista.

Wilfried Fonck, secretário nacional do sindicato de funcionários penais, disse à Reuters que desconhecia qualquer movimento desse tipo operando nas prisões francesas.

O ministro do Interior, Bruno Retailleau, afirmou que instruiu prefeitos, juntamente com a polícia e a gendarmaria (força militar de segurança interna), a intensificar imediatamente a proteção dos funcionários penais e das prisões.

“Esses ataques direcionados, covardes e hediondos visam aterrorizar aqueles que representam a autoridade do Estado e garantem a segurança de todos diariamente, mesmo ao custo de sua própria paz de espírito”, disse o sindicato. “Os funcionários das prisões não são bucha para canhão.”

O aumento do crime de gangues tem elevado o apoio ao partido de ultradireita Reunião Nacional (RN), e ajudou a arrastar a política francesa para a direita.

Em fevereiro, ao anunciar apreensões recordes de cocaína de 47 toneladas nos primeiros 11 meses de 2024 —contra 23 toneladas em todo o ano de 2023—, Retailleau disse que a França foi atingida por um tsunami que reescreveu as regras do cenário criminal no país.

Darmanin propôs uma série de medidas para apertar a segurança nas prisões, incluindo a construção de prisões de segurança máxima para isolar os cem principais chefes do tráfico do país.

Os legisladores também estão perto de aprovar uma nova lei abrangente de combate ao tráfico de drogas que criaria um novo escritório nacional de promotores de crime organizado e daria maiores poderes à polícia que investiga narcotraficantes.

As autoridades francesas registraram vitória contra o narcotráfico em fevereiro, quando recapturaram Mohamed Amra, conhecido como “Mosca”. Sua fuga, enquanto era transportado da prisão para uma audiência em um tribunal, resultou na morte de dois guardas prisionais e foi aproveitada por políticos de direita como evidência de que a França havia perdido o controle sobre narcotráfico.



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