O furacão Melissa evoluiu para a categoria 5 nesta segunda-feira (27), com ventos de 260 km/h na região do Caribe, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês). Essa é a máxima classificação da escala Saffir-Simpson.
Ele deve chegar à Jamaica em breve, onde o governo emitiu neste domingo (26) uma ordem de retirada para um dos bairros da capital, Kingston, e para outras seis localidades no país.
“Melissa agora é um furacão de categoria 5”, afirmou o NHC em seu boletim mais recente. “Ventos destrutivos, marés de tempestade e inundações catastróficas vão piorar na Jamaica ao longo do dia e durante a noite.”
O furacão deve passar pela Jamaica e depois seguir para Cuba e Bahamas. Ele estava localizado a aproximadamente 505 quilômetros ao sudoeste de Guantánamo.
Pelo menos quatro pessoas morreram na última semana, na passagem do Melissa pelo Haiti e pela República Dominicana, onde provocou chuvas intensas e deslizamentos de terra.
A tempestade está se deslocando a um ritmo lento, que preocupa meteorologistas, pois significa os chuvas e os impactos podem durar mais tempo do que um furacão que passa mais rápido.
“A possibilidade de chuvas extremas, devido à lentidão de movimento, vai provocar uma catástrofe na Jamaica”, afirmou o vice-diretor do NHC, Jamie Rhome, a jornalistas. “As condições vão piorar muito, muito rapidamente nas próximas horas. Não saia após o pôr do sol”, disse.
As autoridades jamaicanas se preparam para enchentes e deslizamentos de terra, e o governo anunciou que 881 abrigos estão prontos para receber desabrigados.
Na República Dominicana, as autoridades enviaram neste domingo drones com alimentos para famílias isoladas pelas inundações. Imagens captadas pelos dispositivos mostraram áreas completamente alagadas pelo transbordamento de rios, onde é impossível entrar ou sair.
O fenômeno natural pode afetar as tropas dos Estados Unidos que estão estacionadas no mar do Caribe, como parte da ofensiva militar de Donald Trump contra a Venezuela. Navios de guerra e aeronaves foram destacadas à região para pressionar o regime do ditador Nicolás Maduro.




