A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, foi às redes sociais nesta quarta-feira (14) defender a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja.
Diplomatas ouvidos pela Folha avaliam que críticas feitas por Janja ao TikTok durante encontro com o presidente da China, Xi Jinping, podem ter sido interpretados pelo regime chinês como uma quebra de protocolo.
Janja falou com Xi sobre os efeitos nocivos da rede social. Segundo noticiado pelo portal G1, ela teria dito que o algoritmo do TikTok favorece a direita. A abordagem teria causado incômodo entre integrantes da delegação chinesa.
Nas redes, Gleisi afirmou ser “impressionante a exploração política e midiática da fala da Janja sobre o TikTok na China”. Ela descreveu a repercussão do caso como mais este episódio de misoginia e preconceito contra a primeira-dama.
“Será que está proibida de dar seu testemunho sobre um tema que ela conhece e que foi levantado pelo presidente Lula num jantar com o presidente da China? Ela deveria ouvir calada por ser a primeira-dama? Ou simplesmente por ser mulher? Onde estaria a “crise diplomática”, se ali mesmo o presidente Xi Jinping anunciou que enviará um representante para tratar do assunto no Brasil? Toda solidariedade à Janja, em mais este episódio de misoginia e preconceito”, escreveu.
Já o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, defendeu o êxito da missão e classificou a reação ao episódio como uma tentativa de reinterpretar esse sucesso.
“A missão do Presidente @lulaoficial na China foi um sucesso inquestionável. É interessante notar que a tentativa de reinterpretar o êxito da viagem através de um tema antigo e absolutamente necessário, como a regulação das redes sociais, revela o desafio que alguns setores apresentam em reconhecer a importância do Brasil no mundo atual”, publicou.
Messias afirmou ainda que, com o anúncio de 27 bilhões de reais em novos investimentos, o Governo está promovendo emprego, renda e prosperidade para a população brasileira.