SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um homem foi preso após jogar uma pedra contra um ônibus em Guaianases, na zona leste de São Paulo, na manhã desta quinta-feira (10). Ele foi detido pelo motorista do veículo e por passageiros.
O homem estava na calçada e teria gritado coisas como “estou desempregado”, segundo a TV Globo. A pedra atirada por ele acertou uma barra no veículo. O ônibus da linha 3063-10 faz o trajeto entre São Mateus, também na zona leste, e Guaianases.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, ele foi preso em flagrante por dano qualificado e atentado contra a segurança de outro meio de transporte. “A ocorrência foi registrada no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e ele permaneceu preso à disposição da Justiça”, afirmou a pasta em nota.
De acordo com balanço mais recente da SP Trans, com dados até a última quarta-feira (9), foram 339 ônibus danificados na cidade de São Paulo desde 12 de junho, segundo as empresas operadoras do transporte. A maioria foi alvo de pedradas nas janelas.
“A SPTrans reforça a orientação para que as concessionárias comuniquem imediatamente todos os casos à Central de Operações e formalizem as ocorrências junto às autoridades policiais.”
Também nesta quinta, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que a população não precisa ter medo em meio à onda de ataques a ônibus em SP, e disse que está em andamento uma megaoperação contra os autores. “A população não precisa ter medo, nós temos uma megaoperação em andamento, a inteligência está trabalhando muito.” As declarações do governador ocorrem poucos dias após o pior dia de ataques a ônibus na capital, de segunda-feira (7) a terça-feira (8), com 59 veículos depredados.
A situação tem causado temor nos profissionais e em passageiros. Por ora, não se sabe a motivação por trás das ações -nenhum grupo reivindicou a autoria dos ataques. O sindicato da categoria afirma que essa quantidade de apedrejamento dos veículos é incomum.
Na polícia, o Deic conduz as investigações, centralizando as ocorrências antes registradas nas delegacias de cada bairro.
Na semana passada, o delegado Ronaldo Sayeg, diretor do Deic, havia afirmado que Polícia Civil descartava até então a participação do crime organizado nas ações. “O crime organizado age com um propósito. E os ataques não revelaram, por ora, um propósito, que é típico de facções criminosas”, afirmou na ocasião.
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