A participação de mercado da Intel no segmento de MPU (microprocessadores) atingiu seu nível mais baixo desde 2006, conforme relatório do Citi, que analisa dados recentes da Mercury Research para o 3º trimestre de 2024.

A participação geral de unidades de MPU da Intel caiu para 68,4%, uma redução de 262 pontos-base em relação aos 71,1% do 2º trimestre de 2024. O Citi destaca que essa queda ocorre nos segmentos de desktop, notebook e servidores, nos quais a AMD e a ARM continuam a ganhar terreno.

No segmento de desktops, a participação da Intel recuou de forma expressiva, perdendo 608 pontos-base e chegando a 66,4%, enquanto a AMD avançou 513 pontos-base, alcançando 26,8% no terceiro trimestre.

Nos microprocessadores para notebooks, o Citi aponta que a participação da Intel caiu 171 pontos-base, situando-se em 68,9%. A AMD, por sua vez, continuou a crescer, ampliando sua participação para 19,8%, um aumento de 174 pontos-base em relação ao trimestre anterior.

No setor de servidores, a Intel registrou uma perda mais moderada, com a participação caindo 33 pontos-base para 70,5%. A ARM, ao contrário, teve um leve crescimento, aumentando sua presença para 7,0%.

A ARM também ganhou espaço nos mercados de desktop e servidor, com um aumento de 95 pontos-base na participação de desktops, atingindo 6,8%, e uma alta de 31 pontos-base no setor de servidores, também para 7,0%. Já no segmento de notebooks, a ARM registrou uma leve queda de 2 pontos-base, ficando com 11,39%.

Além disso, o Citi observou que o volume total de remessas de MPUs cresceu 1,5% em relação ao trimestre anterior, superando a queda sazonal típica de 2,8%, impulsionado por um desempenho acima do esperado nas remessas de notebooks e servidores.

O relatório destacou que as remessas de MPUs para notebooks subiram 3,2%, enquanto as de servidores cresceram 7,0%. As remessas de desktops, em contrapartida, caíram 4,8%, refletindo preocupações com excesso de estoque.

O Citi manteve sua classificação Neutra para a Intel e a recomendação de compra para a AMD.

Com informações da Investing Brasil.