O Exército israelense anunciou neste domingo (22) que realizou ataques contra alvos militares no oeste do Irã, incluindo locais de lançamento e armazenamento de mísseis. A ofensiva ocorre um dia após os Estados Unidos atacaram instalações nucleares do país persa.
“Por volta de 20 caças da Força Aérea de Israel realizaram ataques, com base em informações de inteligência, contra alvos militares no Irã”, informou o Exército israelense em comunicado divulgado no Telegram.
Segundo a nota, os bombardeios atingiram “depósitos e infraestrutura de lançamento de mísseis”, além de “instalações de satélites e radares militares” localizadas na região oeste do país.
Ainda neste domingo, a imprensa iraniana noticiou que Israel também teria atacado vários pontos do noroeste do Irã. Ao menos três pessoas morreram quando uma ambulância foi atingida por um bombardeio israelense no centro do país, segundo o relato.
Esses mais recentes ataques ocorrem em meio a uma escalada de tensões na região, que culminou com o envolvimento direto dos Estados Unidos no conflito. Washington lançou no sábado (21) bombardeios contra as três principais instalações nucleares iranianas: Fordow, Natanz e Isfahan. A real extensão dos danos ainda não está clara.
Autoridades iranianas prometeram resposta ao ataque americano. O presidente do país, Masoud Pezeshkian, disse à imprensa estatal que “nós sempre defendemos nosso solo e nossa água”, enquanto o chanceler Abbas Araghchi afirmou que o revide virá.
Teerã também lançou ataques a Israel. Uma salva de mísseis deixou ao menos 23 feridos e, segundo as forças israelenses, envolveu cerca de 40 projéteis, que atingiram três regiões, inclusive a maior zona metropolitana do país, em torno de Tel Aviv.
Como resposta às ameaças de Teerã, os EUA emitiram neste domingo um alerta global, pedindo seus cidadãos a redobrarem a atenção e vigilância.
“Existe a possibilidade de manifestações contra cidadãos e interesses americanos no exterior”, diz o comunicado. “O Departamento de Estado recomenda que os cidadãos dos EUA em todo o mundo adotem precauções máximas.”