Israel disse nesta segunda-feira (6) que mais 171 ativistas da flotilha Global Sumud, que tentava romper o bloqueio de ajuda humanitária de Tel Aviv à Faixa de Gaza, foram deportados para Grécia e Eslováquia. O grupo inclui a ativista climática Greta Thunberg.
Os cerca de 45 barcos partiram de Barcelona, na Espanha, no dia 31 de agosto, levando aproximadamente 400 ativistas de mais de 45 países, e começaram a ser interceptados na quarta (1º). Ativistas de outras nacionalidades que já saíram de Israel e tiveram seus processos de deportação concluídos afirmaram terem sofrido maus-tratos dentro da prisão, o que Tel Aviv nega.
Segundo a organização Adalah, que oferece assistência jurídica aos presos, vários participantes relataram ter sido interrogados por pessoas não identificadas, e outros relataram abusos por parte dos guardas. Ainda de acordo com os relatos, houve casos de presos que foram vendados e algemados por longos períodos, e uma mulher relatou ter sido forçada a remover seu hijab, o véu islâmico, e recebeu apenas uma camisa como substituição.
Israel negou todas as acusações. “As acusações da Adalah são mentiras completas. Todos os detidos tiveram acesso a água, comida, banheiros e advogados, e seus direitos foram respeitados”, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores à agência de notícias Reuters.