O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, informou neste sábado (18) que os restos mortais de um refém devolvido pelo Hamas na sexta-feira (17) foram identificados como pertencentes a Eliyahu Margalit.
O Exército israelense “informou a família do sequestrado Eliyahu Margalit que os restos mortais de seu ente querido retornaram a Israel e que o processo de identificação foi concluído”. O gabinete do premiê acrescentou que “não cederá” nem poupará esforços até que todos os reféns mortos sejam devolvidos.
O corpo foi entregue na sexta-feira pelo grupo terrorista à Cruz Vermelha, que o devolveu ao Exército de Israel para ser levado ao Instituto Médico Legal em Tel Aviv. O exército israelense afirmou, também no sábado, que os restos mortais já foram entregues à família.
De acordo com o comunicado, Margalit foi morto durante o ataque terrorista do Hamas ao território israelense em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra em Gaza. Margalit, que tinha 75 anos quando morreu, foi sequestrado no kibutz Nir Oz, uma comunidade agrícola muito próxima à fronteira com Gaza.
O Hamas ainda reiterou na sexta-feira que devolverá a Israel os corpos de todos os reféns restantes na Faixa de Gaza, conforme estipulado no acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos. As partes se comprometeram com uma trégua a partir de 10 de outubro, após o Hamas libertar os 20 reféns restantes e parte dos mortos na última segunda-feira.
Depois da devolução, o grupo pediu mais tempo para entregar os corpos restantes, dadas as dificuldades para encontrá-los e extraí-los das ruínas do território palestino, devastado por dois anos de guerra.
“O processo de devolução dos corpos dos prisioneiros israelenses pode levar algum tempo”, declarou a facção na sexta-feira, em resposta às acusações de Israel de violação dos termos do acordo.
O ataque sem precedentes do Hamas contra Israel no 7 de Outubro deixou cerca e 1.200 mortos, a maioria civis. A ofensiva retaliatória israelense causou ao menos 67.900 mortes em Gaza, também a maioria civis, de acordo com dados do Ministério da Saúde do território palestino, controlado pelo Hamas, considerados confiáveis pela ONU.