Juiz dos EUA manda liberar ativista pró-Palestina – 20/06/2025 – Mundo

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Um juiz dos Estados Unidos ordenou nesta sexta-feira (20) que Mahmoud Khalil, ex-estudante da Universidade Columbia, seja libertado da custódia do serviço de imigração, uma vitória para grupos de direitos civis que contestaram o que chamaram de perseguição ilegal do governo Trump a um ativista pró-Palestina.

Khalil, figura de destaque nos protestos pró-Palestina contra as ações de Israel na Faixa de Gaza, foi preso por agentes de imigração no saguão de sua residência universitária em Manhattan, no dia 8 de março. O presidente Donald Trump classificou os protestos como antissemitas e prometeu deportar estudantes estrangeiros que participassem.

O ativista condenou o antissemitismo e o racismo em entrevistas à CNN e outros veículos no ano passado. Com residência permanente nos EUA, Khalil afirma estar sendo punido por seu discurso político, que ele vê como uma violação à Primeira Emenda da Constituição dos EUA.

O juiz federal Michael Farbiarz, baseado em Newark, no estado de Nova Jersey, determinou em 11 de junho que o governo estava violando o direito de Khalil à liberdade de expressão ao detê-lo com base em uma lei pouco utilizada. Segundo a norma, o secretário de Estado dos EUA pode deportar pessoas sem cidadania americana cuja presença no país seja considerada contrária aos interesses da política externa dos EUA.

No entanto, o juiz se recusou em 13 de junho a ordenar a libertação de Khalil do centro de detenção em Jena, na Louisiana, depois que o governo Trump afirmou que Khalil estava detido por uma acusação separada de ter omitido informações em seu pedido de residência permanente legal.

As supostas irregularidades dizem respeito a informações que Khalil teria omitido em entrevistas de obtenção do green card.

Os advogados de Khalil negam essa acusação e dizem que raramente pessoas são detidas por esse motivo. Em 16 de junho, eles pediram a Farbiarz que aceitasse um pedido separado do cliente para ser libertado sob fiança ou transferido para um centro de detenção de imigração em Nova Jersey, para ficar mais próximo da família em Nova York.

Advogados do governo Trump escreveram em um documento de 17 de junho que o pedido de libertação de Khalil deveria ser direcionado ao juiz responsável pelo seu caso de imigração, um processo administrativo que decidirá se ele pode ser deportado, e não a Farbiarz, que está analisando se a prisão em 8 de março e a detenção subsequente foram constitucionais.

Khalil, 30, tornou-se residente permanente dos EUA no ano passado, e sua esposa e filho recém-nascido são cidadãos americanos.

Detido, ele foi proibido por autoridades americanas de acompanhar o nascimento da criança, de acordo com o jornal The New York Times. Khalil, que soube do nascimento pelo telefone, está preso a mais de 1.600 km de distância, e não se sabe quando poderá ver o filho pela primeira vez.

Além de ter sido preso mesmo portando o green card, Khalil também não foi acusado de crime —o governo disse que sua presença em território americano era contrária aos interesses de segurança e de política externa do país, e que havia revogado seu green card por causa disso.

Khalil foi um dos líderes das manifestações na Universidade Columbia contra a guerra de Israel na Faixa de Gaza —a instituição foi uma das mais vocais entre as várias que tiveram atos pró-Palestina no país. Os protestos foram atacados por Trump ainda na campanha eleitoral como antissemitas e, uma vez no poder, o presidente justificou sua investida contra universidades de elite dizendo que elas não agiram da maneira que deveriam contra as manifestações.



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