Maduro rompe acordo após Trinidad receber navio dos EUA – 28/10/2025 – Mundo

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A Venezuela suspendeu nesta segunda-feira (27) o acordo energético que mantinha com Trinidad e Tobago, após o pequeno país insular receber um navio de guerra lança-mísseis dos Estados Unidos para a realização de exercícios militares em conjunto.

A chegada da frota ocorre num momento em que Donald Trump tem intensificado a sua incursão militar no mar do Caribe e no Pacífico, matando ao menos 43 pessoas, e a sua pressão sobre o ditador Nicolás Maduro.

O acordo de cooperação em matéria de gás foi assinado entre Caracas e Porto Espanha em 2015. Agora, o líder chavista rompeu o contrato sob a justificativa de que Trinidad e Tobago, localizado a poucos quilômetros da costa da Venezuela, se juntou à “ameaça” das operações americanas no Caribe.

“Aprovei a medida cautelar de suspensão imediata de todos os efeitos do acordo energético e de tudo o que foi acordado nessa matéria”, disse Maduro em seu programa de televisão. O ditador venezuelano ainda atacou a primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, chamando-a de uma “alcoviteira promotora da guerra por suas próprias fraquezas pessoais, físicas, mentais e morais”.

Os EUA anunciaram na semana passada que iriam se unir a Trinidad e Tobago para exercícios militares conjuntos. Washington justifica a ofensiva militar na região para combater o tráfico de drogas, mas membros do governo Trump afirmam que a estratégia militar e diplomática dos EUA neste momento é aplicar o máximo de pressão sobre o ditador para removê-lo do poder.

Persad-Bissessar tem oferecido apoio ao presidente e já fez falas defendendo os ataques da marinha americana contra embarcações que supostamente levariam drogas aos EUA. Ela disse recentemente que o Caribe “não é mais uma zona de paz” devido ao aumento da criminalidade na região.

Dois trinitários teriam sido assassinados em meados de outubro nos bombardeios americanos. As autoridades locais não confirmaram nem desmentiram essas mortes.

No domingo (26), o arquipélago recebeu o navio USS Gravely (DDG-107). Nos próximos dias, USS Gerald R. Ford, o maior e mais poderoso porta-aviões do mundo, também deverá chegar.

Horas antes da chegada da embarcação, a vice-líder venezuelana, Delcy Rodríguez, que também chefia o Ministério de Hidrocarbonetos, recomendou que Maduro rompesse o acordo energético.

Ela disse que Persad-Bissessar transformou Trinidad e Tobago “em uma colônia militar dos Estados Unidos para se prestar ao plano belicista contra a Venezuela”.

A relação bilateral entre Venezuela e Trinidad deteriorou-se desde que a primeira-ministra chegou ao poder com um discurso contra a migração venezuelana e muito alinhado com Washington.

Antes da suspensão, a primeira-ministra afirmou que seu país não é suscetível a “nenhuma chantagem política”. “Nosso futuro não depende da Venezuela e nunca dependeu”, disse à AFP Persad-Bissessar em uma mensagem de texto.

Ela disse que não manteve até agora nenhuma reunião com a Venezuela sobre temas energéticos. Também anunciou durante uma transmissão televisiva que estenderá o estado de emergência vigente desde julho para combater a violência de gangues.

No domingo, a Venezuela anunciou a captura de “um grupo mercenário” vinculado à CIA, a agência de espionagem dos Estados Unidos com longo histórico de interferência na América Latina. Não foram divulgados detalhes sobre as supostas detenções, incluindo o número de pessoas ou data do ocorrido.

Trump autorizou a CIA a realizar operações secretas na Venezuela.



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