Poucos dias atrás, líderes de todo o mundo se reuniram em Sharm el-Sheikh, no Egito, para endossar a iniciativa de paz em Gaza do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O subsecretário-geral de Ajuda Humanitária da ONU, Tom Fletcher, participou do evento e após dialogar com muitos desses líderes declarou que “este é um momento de grande, porém frágil, esperança”.
Ele afirmou que é preciso cumprir integralmente a implementação dos acordos firmados. Para o chefe de ajuda da ONU, “o verdadeiro teste desses acordos é garantir que as famílias estejam seguras e reunidas, que as crianças sejam alimentadas, abrigadas e retornem à escola”.
Fletcher destacou que este é o momento de garantir que palestinos e israelenses possam “olhar para o futuro com mais segurança, justiça e oportunidade”.
Ele adicionou que “o mundo já falhou muitas vezes antes” em relação a este conflito e não pode falhar desta vez.
O subsecretário-geral explicou que no início desta semana foi possível iniciar a ampliação da resposta humanitária, “após meses de frustração e bloqueios”.
Alimentos, medicamentos, combustível, água, gás de cozinha e tendas chegaram às pessoas que mais precisam.
Pão é distribuído em uma padaria em Nuseirat, Gaza
Fletcher também mencionou retrocessos e insistiu que o movimento Hamas “deve envidar esforços rigorosos para devolver, com urgência, todos os corpos dos reféns falecidos”. Ele também declarou estar “profundamente preocupado” com as evidências de violência contra civis em Gaza.
Para Israel, Fletcher fez um apelo por mais pontos de passagem abertos e de uma abordagem “genuína, prática e voltada para a resolução de problemas”, a fim de remover os obstáculos que ainda restam. Ele afirmou que “reter ajuda a civis não é uma moeda de troca e que a facilitação da assistência é uma obrigação legal”.
A ONU apresentou um plano de 60 dias para uma ampliação massiva da ajuda vital e Fletcher está na região para coordenar a implementação. Ele afirmou que o objetivo é “prestar assistência neutra e baseada em princípios, com máxima eficiência, garantindo que o apoio chegue aos civis e não a grupos armados”.
Na quarta-feira, o Escritório de Direitos Humanos da ONU relatou alegações de abusos graves em Gaza, incluindo execuções sumárias e assassinatos ilegais de civis.
De acordo com a nota, conflitos armados entre grupos afiliados ao Hamas e facções rivais se intensificaram desde 10 de outubro.
Em 13 de outubro, imagens de vídeo divulgadas pela Unidade Sahm, supostamente ligadas ao Ministério do Interior de Gaza, mostraram a execução pública de oito homens vendados e algemados, supostos membros de uma milícia sediada na Cidade de Gaza.
O Escritório de Direitos Humanos acrescentou que tais atos “equivalem a um crime de guerra” e lembrou ao Hamas que eles “devem prevenir e reprimir qualquer violação ou abuso cometido por seus membros”.
Por outro lado, as forças israelenses teriam aberto fogo contra palestinos que tentavam retornar às suas casas no leste da Cidade de Gaza em 14 de outubro, matando três. O órgão da ONU afirmou ter registrado 15 mortes de palestinos em incidentes semelhantes desde 10 de outubro.
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