O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, escreveu em suas redes sociais nesta terça-feira (17) que Teerã não terá “misericórdia dos sionistas”, em referência a Israel, país com o qual as forças iranianas trocam ataques desde a última sexta-feira (13).
“Devemos dar uma resposta firme ao regime terrorista sionista. Não teremos misericórdia dos sionistas”, escreveu Khamenei. O sionismo é um movimento político que defende o direito à autodeterminação do povo judeu em um Estado.
A declaração foi publicada horas depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que Khamenei é “um alvo fácil”, mas que as forças americanas não irão matá-lo —”ao menos não por enquanto”. O republicano também exigiu que a teocracia persa se renda incondicionalmente.
“Nós sabemos exatamente onde o dito ‘líder supremo’ está escondido. Ele é um alvo fácil, mas está a salvo lá. Nós não vamos matá-lo (matar!), ao menos não por enquanto. Mas não queremos mísseis disparados contra civis ou soldados americanos. Nossa paciência está acabando”, escreveu Trump. Logo depois, completou com maiúsculas: “RENDIÇÃO INCONDICIONAL”.
Israel tem feito bombardeios contra instalações militares e nucleares no Irã desde a última sexta, matando cientistas e comandantes importantes, o que levou Teerã a responder com drones e mísseis. Ainda de acordo com Trump, o regime iraniano já não tem controle sobre o seu espaço aéreo.
Nesta terça, no quinto dia de conflito, o Exército de Israel anunciou ter matado o principal comandante militar do Irã, Ali Shadmani, em um bombardeio noturno. Tel Aviv o descreveu como a figura mais próxima de Khamenei.
Israel ainda voltou a atacar bases militares no oeste do Irã e na capital, que viu um grande depósito de combustíveis amanhecer em chamas. Ao menos 24 pessoas morreram em solo israelense, segundo o governo local. As contas são imprecisas, mas os mortos chegam a cerca de 300 do lado iraniano.
Reunidos em um encontro de cúpula no Canadá, os líderes do G7, grupo que reúne algumas das principais economias do mundo, exortaram que a “resolução da crise iraniana leve a uma desescalada mais ampla das hostilidades no Oriente Médio”.