A campanha de vacinação contra a poliomielite no norte de Gaza foi concluída, nesta terça-feira, com 105 mil crianças imunizadas, o que representa 88% da meta.
Falando de Gaza, o representante da Organização Mundial da Saúde, OMS, nos Territórios Palestinos disse que a iniciativa também entregou vitamina A para 84 mil menores para reforçar a imunidade.
Rik Peeperkorn acredita que o resultado foi uma “conquista excepcional” após parecer improvável atingir a meta, poucos dias atrás, devido a restrições de acesso e ao fato de a área de pausa humanitária ter sido “substancialmente reduzida” em comparação com a primeira rodada da campanha.
Segundo o chefe da OMS no terreno, mesmo durante as pausas humanitárias, houve relatos de incidentes violentos em locais de vacinação.
A agência da ONU alertou que um atraso na administração da segunda dose da vacina oral contra a poliomielite poderia comprometer a imunidade e os esforços para impedir a propagação do vírus em Gaza e em territórios vizinhos.
A Unrwa e os seus parceiros continuam a segunda ronda de uma campanha de vacinação contra a poliomielite no sul de Gaza
Ao todo, mais de 100 pacientes gravemente doentes serão evacuados de Gaza na quarta-feira pela OMS e parceiros.
A maioria viajará para os Emirados Árabes Unidos para tratamento. Outros 13 pacientes irão para a Romênia.
O grupo é composto por pessoas que precisam de tratamento urgente para seus ferimentos e pacientes com doenças crônicas, como câncer. Desde que a passagem de Rafah com o Egito foi fechada, em maio, devido à ofensiva israelense no local, apenas 282 pacientes foram evacuados de Gaza.
A OMS lembra que cerca de 14 mil habitantes de Gaza precisam do procedimento, metade delas por casos de trauma.
Peeperkorn também apelou para que corredores médicos sejam restaurados, especialmente o “caminho tradicional de referência de Gaza para Jerusalém Oriental e Cisjordânia”.
Ele informou que a OMS levou suprimentos médicos vitais, sangue, combustível e alimentos ao Hospital Kamal Adwan. Mas logo depois, um andar do local foi bombardeado e seis crianças ficaram feridas.
O hospital, que opera com apenas três médicos, 30 enfermeiros e 120 pacientes internados, precisa urgentemente de mais pessoal médico, incluindo cirurgiões.
O representante da OMS também expressou preocupação com o hospital Al-Awda que em breve poderá se tornar inoperante. Uma missão da agência chegou ao local no domingo e transferiu cinco dos 44 pacientes e seus cuidadores para o hospital Al-Shifa, na Cidade de Gaza.
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