ONU mobiliza ações para salvar maior recife de corais do Caribe

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A poluição e as mudanças climáticas estão colocando em risco a maior barreira de corais do Hemisfério Ocidental, o recife mesoamericano, que se estende por 1 mil km ao longo das costas de Belize, Guatemala, Honduras e México.

Os recifes de coral, cobrem menos de 1% do fundo do oceano, mas sustentam 25% de toda a vida marinha e desempenham um papel crítico na segurança alimentar e proteção costeira em regiões vulneráveis ao clima.

Caranguejos que devoram algas nocivas

Nos últimos 15 anos, o mundo perdeu 14% de seus recifes de coral, alguns dos quais existem há mais de 5 mil anos. Eles foram destruídos pelo aumento da temperatura do mar, poluição e práticas de pesca insustentáveis.

Diversas iniciativas apoiadas pela ONU estão sendo implementadas para salvar o recife mesoamericano, com recursos do Fundo Global para Recifes de Coral, Gfcr.

Um dos projetos se concentra na criação de caranguejos-rei para soltá-los nos recifes visando combater o crescimento excessivo de macroalgas, que prosperam devido ao aumento da temperatura do oceano associado às mudanças climáticas.

As macroalgas expulsam os corais, enfraquecendo os ecossistemas dos recifes. Os caranguejos-rei, que são nativos da região, têm apetites vorazes por algas e podem ajudar a controlar a proliferação delas sem prejudicar os corais.

Ao introduzir os caranguejos para restaurar o equilíbrio do ecossistema, o projeto também proporciona uma fonte de renda sustentável para os pescadores locais.

Os recifes de coral de Roatan em Honduras fazem parte do maior recife mesoamericano, o segundo maior sistema de barreira de recifes do mundo

Os recifes de coral de Roatan em Honduras fazem parte do maior recife mesoamericano, o segundo maior sistema de barreira de recifes do mundo

Sargaço usado como matéria-prima para diversos produtos

Um outro projeto, no México, está apoiando uma empresa que transforma um tipo de alga marinha, conhecida como sargaço, em matéria-prima para vários produtos, incluindo biocombustíveis, ração animal, fertilizantes, têxteis e cosméticos.

Isso evita que o sargaço sufoque os corais e a vida selvagem ou acabe em aterros sanitários onde se decompõe, potencialmente poluindo as águas subterrâneas.

Um dos produtos criados a partir do sargaço é o “Sarga Extra”, um fertilizante orgânico. O produto também reduz o uso de fertilizantes à base de nitrogênio pelos agricultores, impedindo assim um escoamento químico que exacerba a proliferação de sargaço e pode criar zonas mortas no oceano.

30 mil empregos até 2030

O Fundo Global para Recifes de Coral, Gfcr, é um fundo fiduciário multiparceiro apoiado pela ONU, que fornece subsídios e empréstimos para empresas, apoiando iniciativas que vão de ecoturismo a aquicultura sustentável.

O objetivo do Gfcr é apoiar mais de 400 empresas com atuação positiva em recifes e criar mais de 30 mil empregos até 2030.

Em relação ao recife mesoamericano, o fundo está fornecendo consultoria técnica e financiamento para 50 empresas que contribuem com a preservação dos corais da região. O trabalho abrange 1,7 milhão de hectares de recifes e está criando oportunidades econômicas para 15 mil pessoas.

Resiliência para 3 milhões de residentes costeiros

A longo prazo, os esforços voltados para este ecossistema no Caribe têm como objetivo alavancar US$ 60 milhões em capital privado e aumentar a resiliência de mais de 3 milhões de residentes costeiros.

A diretora da Divisão de Ecossistemas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, disse que recifes saudáveis “significam mais peixes, proporcionando às famílias melhor nutrição e renda mais alta, fundamental para o acesso à saúde, educação e construção de resiliência”.

Susan Gardner ressaltou que investir em organizações locais, com profundo conhecimento e experiência na conservação de recifes de coral, é fundamental para proteger o recife mesoamericano.



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