O partido da líder da oposição equatoriana e ex-candidata presidencial Luisa Gonzalez solicitou ao conselho eleitoral, nesta terça-feira (22), revisão da contagem de votos de 1.729 urnas, como parte de seu esforço para provar o que diz ter sido uma fraude em massa.
O partido Revolução Cidadã solicitou a revisão das urnas em que supostamente a documentação estaria incompleta ou errada. As autoridades eleitorais locais e observadores externos já afirmaram que o atual presidente, Daniel Noboa, venceu legitimamente a votação do segundo turno em 13 de abril.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) analisará a solicitação e poderá aprovar recontagens de todas, algumas ou nenhuma das urnas.
Dois dias após o pleito, na terça-feira (15), a missão de observadores eleitorais da União Europeia afirmou não haver nenhum elemento de fraude no resultado. “Rechaçamos absolutamente essa narrativa”, disse o chefe do grupo, o espanhol Gabriel Mato.
Falando em Quito, o eurodeputado pelo Partido Popular (de direita) representava o grupo de uma centena de observadores de 25 países do bloco que estão há meses no Equador. Ele afirmou, porém, que houve uma série de desequilíbrios na jornada com a reeleição expressiva de Noboa.
“Esse desequilíbrio poderia justificar colocar em dúvida o resultado eleitoral? Do meu ponto de vista, de nenhuma maneira”, frisou o espanhol ao compartilhar o relatório preliminar da missão, que em dois meses publicará a versão final do documento.
Na mesma manhã, também a missão de observação eleitoral da OEA (Organização dos Estados Americanos) publicou seu informe preliminar e disse que não há indício de fraude. Criticou, no entanto, que as eleições tenham ocorrido no contexto de um estado de exceção decretado na véspera pela Presidência em várias províncias e com duração de dois meses.
E, a uma TV local, a presidente do órgão eleitoral, Diana Atamaint, afirmou que é impossível falar em fraude sendo que os dois partidos que disputaram segundo turno fizeram constante monitoramento da votação nos centros eleitorais com seus delegados partidários.