A ofensiva relâmpago que rebeldes vinham liderando nos últimos dias na Síria chegou ao seu objetivo neste domingo (8), com a tomada de Damasco, capital do país, e a derrubada do regime de Bashar al-Assad. O ditador fugiu para a Rússia e recebeu asilo político com a família em Moscou.
Os rebeldes são liderados pela HTS, Organização para a Libertação do Levante, uma facção surgida com ligações com a Al-Qaeda e considerada terrorista pela ONU e pelos EUA. O chefe do grupo, Abu Mohammad Al-Jolani, falou em “fim de uma era obscura”, um país purificado e uma nova história para “toda a nação islâmica e toda a região”.
Líderes ocidentais disseram que a queda do ditador é uma oportunidade histórica para a Síria. Assad liderava um regime implantado pelo pai dele em 1971 e estava no poder desde 2000. Autoritário, comandou uma repressão brutal à dissidência política e teve papel central na guerra civil que assola a Síria desde 2011 —e foi responsável por mais de 500 mil mortes e pela maior crise de refugiados do mundo.
O Café da Manhã desta segunda-feira (9) analisa a derrubada do regime de Bashar al-Assad e a vitória dos rebeldes na Síria. O jornalista Diogo Bercito, mestre em estudos árabes, conta como a ofensiva contra a ditadura conseguiu avançar em poucos dias, explica os interesses que estavam —e ainda estão— em jogo no país e discute o impacto da mudança de regime para uma região conflagrada como o Oriente Médio.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelo jornalista Gustavo Simon. A edição de som é de Thomé Granemann.