A Polônia terá segundo turno entre um candidato mais próximo da União Europeia e outro mais nacionalista, aponta boca de urna do pleito presidencial divulgada neste domingo (18). O candidato Rafal Trzaskowski, da governista Coalizão Cívica (KO), aparece na frente no primeiro turno das eleições deste domingo (18), com 30,8%, mas praticamente empatado com Karol Nawrocki, candidato apoiado pelo partido nacionalista Lei e Justiça (PiS), que obteve 29,1%, conforme o instituto Ipsos.
Confirmada a projeção, Trzaskowski e Nawrocki vão se enfrentar de novo em 1º de junho, para decidir se a Polônia continuará no caminho pró-europeu traçado pelo primeiro-ministro, Donald Tusk, que é correligionário de Trzaskowski, ou se vai se aproximar mais dos nacionalistas, admiradores do ex-presidente dos EUA Donald Trump.
No sistema político da Polônia, o presidente tem o poder de vetar leis. Uma vitória de Trzaskowski no segundo turno permitiria ao governo de Tusk implementar uma agenda que inclui a reversão das reformas judiciais introduzidas pelo PiS, que, segundo críticos, enfraqueceram a independência do sistema judiciário.
No entanto, se Nawrocki vencer, o impasse que existe desde que Tusk se tornou premiê em 2023 deve continuar. Até agora, o presidente aliado ao PiS, Andrzej Duda, tem bloqueado os esforços de Tusk.
Duas pesquisas atualizadas, que levarão em conta resultados parciais oficiais, serão publicadas mais tarde na noite deste domingo e na manhã desta segunda-feira (19).