Terremoto no Afeganistão: Mortos sobem para 1.400 – 02/09/2025 – Mundo

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O número de mortos decorrente do terremoto que atingiu o Afeganistão subiu para 1.411 nesta terça-feira (2), segundo o Talibã. O tremor de magnitude 6 atingiu duas províncias montanhosas no leste do país, causando deslizamento de terras e destruição de aldeias.

As buscas de sobreviventes continuaram nesta terça, um dia após a tragédia, com operações sendo realizadas nas regiões mais remotas do país. Muitos lugares são inacessíveis por estradas, e as aldeias muitas vezes são feitas de estruturas de barro que são suscetíveis a desmoronamentos.

“Não podemos prever com precisão quantos corpos ainda podem estar presos sob os escombros”, disse Ehsanullah Ehsan, o chefe de gestão de desastres da província de Kunar, a mais afetada pelo desastre. “Nosso esforço é concluir essas operações o mais rápido possível e começar a distribuir ajuda às famílias afetadas.”

O terreno montanhoso e o mau tempo dificultaram a chegada dos socorristas às áreas remotas. O acesso de veículos pelas estradas estreitas foi o principal obstáculo, afirmou Ehsan, acrescentando que máquinas estavam sendo levadas ao local para limpar os entulhos das vias.

Nesta terça (2), ambulâncias faziam fila em uma estrada danificada para tentar chegar a vilarejos em Kunar, enquanto helicópteros traziam suprimentos e levavam os feridos para hospitais. Alguns dos feridos foram transferidos para hospitais na capital, Cabul, e na província vizinha de Nangarhar.

O desastre deve sobrecarregar ainda mais os recursos já escassos do regime fundamentalista de uma nação devastada pela guerra, que vê uma queda acentuada na ajuda estrangeira até deportações de centenas de milhares de afegãos por países vizinhos.

Soldados do Talibã foram mobilizados para a região. Sharafat Zaman, porta-voz do Ministério da Saúde em Cabul, pediu ajuda internacional para lidar com as operações de resgate e reconstrução.

A Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) afirmou que enviaria medicamentos, roupas, tendas e lonas para abrigo, além de itens de higiene como sabão, detergente, toalhas, absorventes e baldes de água, para ajudar na assistência à população afegã. O órgão disse que milhares de crianças estavam em risco.

O Reino Unido destinou £ 1 milhão (R$ 7,3 milhões) para apoiar os esforços da ONU e da Cruz Vermelha Internacional na entrega de cuidados de ajuda humanitária e de suprimentos de emergência.

A Índia enviou 1.000 tendas e 15 toneladas de alimentos para Kunar. Outros países como China, Emirados Árabes, Paquistão e Irã, prometeram enviar ajuda.

O terremoto ocorreu próximo à superfície, a apenas oito quilômetros de profundidade —o que, segundo especialistas, pode tornar um tremor ainda mais devastador. O epicentro foi registrado próximo da cidade de Jalalabad, capital da província de Nangarhar, perto da fronteira com o Paquistão. Após o primeiro, outros cinco tremores foram sentidos a centenas de quilômetros.

Apesar da proximidade, não houve danos nem vítimas reportados do lado paquistanês.

Muitas famílias tinham acabado de regressar ao Afeganistão depois de terem sido expulsas do exílio no Paquistão e no Irã. No total, cerca de quatro milhões de afegãos voltaram ao país. Segundo autoridades locais, aproximadamente 2.000 famílias de refugiados tinham regressado e planejavam reconstruir seu lar na região agrícola afetada pelo sismo.

O país é propenso a terremotos, particularmente na cordilheira do Hindu Kush, onde as placas tectônicas indiana e eurasiática se encontram. Este foi um dos mais mortais do Afeganistão. Em outubro de 2023, ao menos 1.300 pessoas morreram após um tremor atingir a província de Herat. Pouco mais de um ano antes, em junho de 2022, tremores de magnitude 6,1 mataram mais de 1.000 pessoas.

Este é, portanto, o terceiro grande terremoto no país desde que o Talibã voltou ao comando em 2021, quando as forças estrangeiras se retiraram, desencadeando um corte no financiamento internacional que formava a maior parte das finanças do regime. Desde então, o grupo tem empregado medidas que refletem sua visão extremista do islã, em especial contra mulheres.

Diplomatas dizem que crises em outras partes do mundo, juntamente com a frustração dos doadores com as políticas do Talibã em relação às afegãs , incluindo restrições àquelas que são trabalhadoras humanitárias, estimularam a queda nos repasses.



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