O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (26) a assinatura do acordo de paz entre o Camboja e a Tailândia. O presidente americano testemunhou a assinatura do documento, que ocorreu em Kuala Lumpur, na Malásia, durante a tarde no horário local.
Os países tiveram um conflito nos últimos meses pela disputa de pontos não demarcados na fronteira terrestre entre os países, que remonta ao período de colonização francesa. O confronto causou a morte de dezenas de pessoas e forçou o deslocamento de cerca de 330 mil.
“Isso é animador, porque nós fizemos algo que muitos disseram que não podia ser feito e salvamos talvez milhões de vidas neste acordo”, disse o presidente.
“Esse é um importante dia para todas as pessoas do sudeste asiático, na Ásia, onde assinamos um acordo histórico para terminar o conflito militar entre o Camboja e a Tailândia. Nós estamos muito honrados por estar envolvidos nisso.”
O americano disse ainda que “ama” participar deste tipo de negociação, e que é um trabalho que deveria ser feito pela ONU (Organização das Nações Unidas), mas não é.
Trump também parabenizou os líderes da Tailândia, Anutin Charnvirakul, e do Camboja, Hun Manet, por darem o passo em direção à paz. Ele afirmou que falou por telefone com os dois premiês em um “belo dia”.
“Então, nós passamos o dia todo fazendo ligações telefônicas e foi incrível a forma como eles se uniram muito rapidamente.”
O americano, assim como as outras lideranças, está no país para participar como convidado da cúpula da Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático). Sua passagem pelo país está sendo marcada por reuniões bilaterais à margem do evento.
Trump reconheceu o trabalho da Malásia na mediação do fim do conflito e das tréguas. “Talvez isso não pudesse ser feito sem isso”, disse o americano se referindo à Malásia.
Em sua fala, o premiê do país, Anwar bin Ibrahim, afirmou, referindo-se a Trump, que o mundo precisa de líderes que promovam a paz intensamente.
“Obrigado, presidente, por seus esforços para garantir a paz em muitas partes do mundo, incluindo Gaza.”
O presidente também foi o responsável pelo acordo de paz que colocou fim à guerra em Gaza, protagonizada por Israel e Hamas. Desde a assinatura do documento, o americano fez uma campanha aberta para que fosse ganhador do prêmio Nobel da Paz, que foi direcionado à líder opositora à ditadura de Nicolás Maduro, María Corina Machado, por sua atuação contra a ditadura na Venezuela.
O primeiro-ministro do Camboja, por sua vez, afirmou que Trump deveria ganhar o Nobel da Paz por alcançar outro acordo. “Em nome da população do Camboja, eu desejo expressar minha profunda gratidão ao presidente Donald Trump por sua liderança decisiva.”
Já o premiê da Tailândia afirmou que o país defende a paz, e que o acordo será uma base para a conciliação duradoura. “Esta declaração reflete nossa vontade de resolver as diferenças por meio da paz e com respeito à soberania e à integridade territorial”, declarou.




