O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (22) planos para construir uma nova “classe Trump” de navios de guerra que, segundo ele, serão maiores, mais rápidos e “cem vezes mais poderosos” do que qualquer outro anterior.
A iniciativa se chama Golden Fleet (frota dourada) e foi apresentada em Mar-a-Lago, residência de Trump na Flórida. O presidente disse que o projeto começaria com a construção de dois desses navios de guerra e seria expandido para abranger de 20 a 25 novas embarcações.
A construção planejada de navios de guerra resultará em “mais tonelagem e poder de fogo em construção do que em qualquer momento da história”, disse o secretário da Marinha dos EUA, John Phelan, acrescentando que os componentes seriam fabricados em todos os estados dos EUA e exclusivamente com aço americano.
Ele afirmou que os navios de guerra não apenas apresentariam os “maiores canhões” já transportados em um navio de guerra americano, mas também carregariam mísseis de cruzeiro lançados do mar com armamento nuclear. O primeiro dos novos navios de guerra será batizado de USS Defiant.
Além da nova classe de navios de guerra, a Frota Dourada prevê um aumento no número de outros tipos de embarcações de guerra, incluindo uma classe de fragatas menores e mais ágeis previamente anunciada pela Marinha dos EUA, disse Trump.
O anúncio ocorre em meio a uma operação americana no mar do Caribe, impondo um bloqueio naval contra a Venezuela. O governo americano acusa o ditador venezuelano, Nicolás Maduro, de chefiar um cartel de narcotráfico.
No sábado (20), a Marinha tentou interceptar o petroleiro Bella 1, sancionado desde o ano passado pelos Estados Unidos por transportar petróleo iraniano. De acordo com as Forças Armadas, a embarcação se recusou a passar por inspeção e iniciou uma manobra de fuga. O petroleiro emitiu mais de 75 alertas de socorro para navios nas proximidades até a noite de domingo (21).
Durante a apresentação, Trump disse que o governo americano vai ficar com os navios e o petróleo apreendidos nas proximidades da Venezuela.
O regime venezuelano acusa os EUA de usar a operação como uma manobra para derrubar Maduro. Questionado por jornalistas sobre este tema, Trump disse que a resposta depende do ditador. “Isso depende dele, do que ele queira fazer. Acho que seria inteligente da parte dele fazer isso. Se ele se mostrar duro, será a última vez que poderá fazê-lo”, acrescentou, em tom de ameaça.
Além disso, o republicano voltou a afirmar que os Estados Unidos precisam assumir o território da Groenlândia, não por seus minerais críticos mas por razões de segurança nacional. Ele nomeou o governador da Louisiana, Jeff Landry, como enviado especial à ilha, que pertence à Dinamarca. Em resposta, o país europeu deve convocar o embaixador americano para prestar explicações.
Também nesta segunda, o Departamento de Estado americano aprovou a possível venda de mísseis de médio alcance avançados e equipamentos à Dinamarca, em um negócio estimado em US$ 951 milhões, informou o Pentágono.




